Miliciano alvo dos traficantes que executaram médico é preso pela Polícia Federal na Barra da Tijuca.

Na tarde de hoje, a Polícia Federal realizou a prisão do miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que se tornou alvo dos traficantes que executaram, por engano, o médico Perseu Ribeiro de Almeida, juntamente com outros dois colegas, em um quiosque na Barra da Tijuca no início deste mês. A detenção ocorreu na Avenida Embaixador Abelardo Bueno, próximo ao Centro Metropolitano, também na Barra da Tijuca.

Taillon já possui passagens pela polícia e foi condenado por chefiar a milícia de Rio das Pedras, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O grupo criminoso liderado por ele disputa o controle do território com uma facção que domina a Cidade de Deus. Suspeita-se que os homens responsáveis pelo assassinato do médico tenham buscado refúgio nessa região após o crime.

Artigos relacionados

Taillon é filho de Dalmir Pereira Barbosa e ambos são considerados pelo Ministério Público do Rio como integrantes de uma quadrilha que atua em regiões da Zona Oeste da cidade. Em dezembro de 2020, uma prisão preventiva foi decretada contra ele por organização criminosa. Em junho de 2022, Taillon foi condenado a oito anos e quatro meses de prisão por chefiar a quadrilha, mas, em março deste ano, foi colocado em prisão domiciliar e, posteriormente, recebeu autorização para sair de casa.

A decisão do livramento condicional imposto pelo juiz Cariel Bezerra Patriota determina que Taillon compareça ao juízo a cada três meses para comprovar suas atividades. Além disso, ele deve retornar para casa às 23h e permanecer durante toda a noite. O miliciano também tem a obrigação de “portar-se de acordo com os bons costumes” e não pode se ausentar do estado ou mudar de endereço sem comunicar ao juízo.

Segundo o Ministério Público, Taillon seria responsável pela exploração do transporte alternativo de vans e mototáxis, assim como pela oferta de serviços básicos, como água, gás e TV a cabo, em comunidades como Rio das Pedras e Muzema, situadas na Zona Oeste. Além disso, o grupo criminoso cobrava “taxas de segurança” de comerciantes e moradores, invadia e grilava terras e lucrava com a construção imobiliária clandestina.

Com a prisão de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, as autoridades esperam obter mais informações sobre as atividades da milícia e a possibilidade de outros envolvidos no assassinato do médico Perseu Ribeiro de Almeida. O caso continua sendo investigado pela Polícia Federal, em colaboração com outros órgãos de segurança do estado.

Artigos relacionados

Verifique também
Fechar
Botão Voltar ao topo