O pedido de busca e apreensão foi autorizado pela Justiça Militar da União durante o curso do Inquérito Policial Militar que apura o roubo. A operação contou com a participação de 45 militares do Exército e da PM, além de oito viaturas especializadas.
Na última quinta-feira (26), 17 militares foram presos administrativamente pelo envolvimento no furto das armas. Em comunicado oficial, o Comando Militar do Sudeste informou que os militares estão cumprindo punição disciplinar devido a “falha de conduta e/ou erro de procedimento nos processos de fiscalização e controle de armamento”.
Algumas das metralhadoras já foram recuperadas pelas autoridades. No dia 19 de outubro, a Polícia do Rio de Janeiro encontrou oito armas no bairro Gardênia Azul, localizado na zona oeste da capital fluminense. Já no dia 21 de outubro, a Polícia Civil de São Paulo encontrou mais nove metralhadoras.
Um levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz revelou que o furto das 21 metralhadoras no Comando Militar do Sudeste, em Barueri, foi o maior desvio de armas do exército desde 2009. Durante uma inspeção, realizada em 10 de outubro, foi constatada a discrepância e o sumiço das armas, sendo que 13 delas são do calibre ponto 50, com capacidade de perfurar aeronaves.
O caso anterior com maior desvio de armas ocorreu em 2009, quando sete fuzis foram roubados de um quartel em Caçapava, cidade localizada no Vale do Paraíba. No entanto, posteriormente, os sete fuzis foram recuperados pelas autoridades.
As investigações continuam em andamento e as autoridades estão empenhadas em encontrar as armas restantes e identificar todos os envolvidos no furto. A operação de hoje faz parte desse esforço conjunto entre o Exército e a PMSP para garantir a segurança da população e a integridade das forças armadas.
