Tropas israelenses avançam em meio ao caos em Gaza, enquanto combates com o Hamas persistem

Tropas israelenses avançaram nesta terça-feira (31) na Faixa de Gaza, entre os escombros causados pelos bombardeios, enquanto continuam os combates com os milicianos do Hamas. As imagens divulgadas pelo Exército israelense mostram os soldados avançando em meio a um cenário de destruição, cercados por edifícios reduzidos e pilhas de pedras e metal retorcido. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, Israel tem retaliado com uma série de bombardeios na região.

Nesta quarta noite de ofensivas terrestres em Gaza, Israel afirmou ter atacado 300 alvos. Durante os combates, suas tropas enfrentaram fogo antitanque e tiros dos combatentes do Hamas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartou os apelos internacionais por um cessar-fogo e prometeu “aniquilar” o movimento palestino.

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, mais de 8.500 pessoas foram mortas em decorrência dos bombardeios israelenses desde o início dos conflitos em 7 de outubro, incluindo mais de 3.500 crianças. Correspondentes da AFP em Gaza registraram imagens de palestinos tentando encontrar sobreviventes nos escombros, enquanto outros rezavam ao lado dos corpos dos mortos.

A situação humanitária em Gaza é cada vez mais preocupante. As agências humanitárias da ONU alertam que o tempo está acabando para os 2,4 milhões de habitantes do território palestino, que estão sob cerco e sem acesso a água, alimentos, combustíveis e medicamentos. A ONG Médicos do Mundo denuncia a falta de material para os profissionais de saúde, que são obrigados a realizar procedimentos sem anestesia, como cesáreas e amputações.

Enquanto a guerra se desenrola em Gaza, outras regiões também são afetadas. O Exército israelense atacou a Síria e houve o aumento dos confrontos com o grupo Hezbollah na fronteira com o Líbano. Além disso, rebeldes huthis do Iêmen reivindicaram um ataque com drones contra Israel, e as Forças de Defesa do Estado hebreu interceptaram um míssil lançado da região do Mar Vermelho.

Enquanto Israel culpa o Hamas por usar hospitais como bases militares e civis como “escudos humanos”, as agências de ajuda humanitária alertam para a crise no sul de Gaza, onde não há ajuda suficiente para atender às necessidades da população. O Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém também condenou um bombardeio que atingiu um centro cultural da igreja em Gaza.

Enquanto isso, famílias em ambos os lados sofrem com a incerteza e o medo. Muitos não têm notícias de seus parentes, enquanto outros lamentam a perda de entes queridos. A situação é descrita como um “inferno” por aqueles que estão vivendo esse conflito de perto.

Em meio a esses eventos, o Hamas divulgou um vídeo apresentando três reféns e pedindo uma troca de prisioneiros para obter sua libertação. O primeiro-ministro Netanyahu chamou o vídeo de “propaganda psicológica cruel”.

Com a escalada dos confrontos, cresce a preocupação por uma possível escalada regional do conflito. A guerra no Oriente Médio continua a causar sofrimento e mortes, e não há um fim à vista.

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