Aumento do antissemitismo e islamofobia ao redor do mundo em meio ao conflito entre Israel e o Hamas

Nos últimos meses, o aumento do antissemitismo e da islamofobia tem sido evidente em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, após o conflito entre Israel e o Hamas. Os incidentes violentos e ameaças são uma triste demonstração do ódio racial e religioso que ainda persiste na sociedade.

Nos Estados Unidos, de acordo com a Liga Antidifamação (ADL), o número de incidentes antissemitas aumentou aproximadamente 400% nas duas semanas após o ataque a Israel, em comparação com o mesmo período no ano anterior. Isso levou o diretor do FBI, Christopher Wray, a declarar que esses números atingiram “níveis históricos”. A senadora Jacky Rosen, de Nevada, também foi vítima do antissemitismo, com uma ameaça de morte feita contra ela.

A situação nas escolas e faculdades americanas é particularmente preocupante, com o conflito no Oriente Médio causando tensões entre estudantes e professores. Na Universidade de Harvard, por exemplo, organizações estudantis pró-Palestina culparam Israel pela violência, o que gerou indignação entre políticos e personalidades públicas. Além disso, um usuário de um blog da Universidade de Cornell ameaçou levar uma arma ao campus para atirar em estudantes judeus.

Diante desses acontecimentos, a Casa Branca emitiu um comunicado alertando sobre o “aumento preocupante” dos incidentes antissemitas e islamofóbicos em locais educacionais. Medidas foram anunciadas para abordar essa questão, incluindo visitas do secretário de Educação a universidades e a promoção de mesas de debates com estudantes judeus. Além disso, procedimentos mais simples para denunciar discriminação nos campi universitários foram implementados.

Na Europa, os casos de antissemitismo também aumentaram, como no caso das estrelas de Davi pichadas em prédios em Paris, na França. Segundo o Ministério Público parisiense, uma investigação foi aberta sobre o caso e as pichações foram condenadas como “atos antissemitas e racistas”. Na Alemanha, os incidentes antissemitas aumentaram 240% em comparação com o ano anterior, de acordo com um estudo da Associação Federal de Departamentos de Pesquisa e Informação sobre Antissemitismo.

A islamofobia também cresceu como resultado do conflito. Nos Estados Unidos, o Conselho de Relações Islâmico-Americanas registrou o nível mais alto de queixas de incidentes relacionados à islamofobia desde 2015. No Reino Unido, a ONG TellMAMA informou que os casos aumentaram seis vezes durante o mesmo período.

Essa onda de ódio racial e religioso é inaceitável e deve ser combatida de forma firme. Os governos têm a obrigação de proteger todos os cidadãos contra a violência e a discriminação. É essencial coletar dados desagregados por raça e etnia para combater o racismo estrutural e outras formas de discriminação.

Enquanto isso, o conflito entre Israel e o Hamas continua fazendo vítimas em ambos os lados. Os números de mortos e feridos são alarmantes e mostram a urgência de buscar uma solução pacífica para o conflito no Oriente Médio.

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