Congressista republicano de origem brasileira acusado de fraude permanece na Câmara dos Estados Unidos após votação de expulsão fracassar.

Nesta quarta-feira, o congressista republicano George Santos, de origem brasileira, escapou da expulsão da Câmara de Representantes dos Estados Unidos após uma votação que não obteve sucesso. Santos está enfrentando acusações federais de roubo de doadores e admitiu ter mentido para os eleitores, inventando grande parte de sua história de vida.

Embora membros do seu próprio partido tenham se distanciado de Santos e tenham pedido sua renúncia, sua permanência na Câmara é de extrema importância para os republicanos, que atualmente possuem uma maioria frágil de apenas quatro assentos no órgão legislativo. Perder um membro só tornaria mais difícil a aprovação de leis e o trabalho do presidente do Congresso, Mike Johnson.

A votação para expulsar Santos acabou sendo rejeitada, com 213 votos contra e 179 a favor. No entanto, isso não significa que as acusações contra ele sejam consideradas inválidas. Na semana passada, o congressista se declarou inocente das acusações federais, que incluem roubo de identidade de doadores, gastos fraudulentos em cartões de crédito e benefícios de desemprego recebidos indevidamente durante a pandemia de Covid-19.

Deve-se ressaltar que uma expulsão da Câmara seria um evento histórico, já que a última vez que um congressista foi expulso foi em 2002, quando o democrata James Traficant perdeu seu cargo por dez acusações, incluindo suborno. Até o momento, a Comissão de Ética da Câmara ainda não divulgou sua determinação ou conclusão sobre o caso de Santos, mas o congressista Anthony D’Esposito, de Nova York, já apresentou um projeto de lei para expulsá-lo.

Além disso, legisladores republicanos de Nova York, assim como seus eleitores, consideram-se vulneráveis nas eleições do próximo ano e têm pressionado Santos a renunciar. Porém, ele se recusa a deixar a Câmara, causando divisão dentro de seu próprio partido.

Fica claro que a permanência de George Santos na Câmara de Representantes dos Estados Unidos continuará gerando polêmica e controvérsia. Resta aguardar o desenrolar da investigação e possíveis ações futuras em relação a este caso.

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