Anielle Franco afirmou que é necessário compreender a importância do Ministério da Igualdade Racial, assim como o retorno do presidente Lula e a retomada da pauta da consciência racial como ferramentas para permitir que as pessoas negras vivam uma realidade mais igualitária. Ela ressaltou que novas medidas serão apresentadas no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, incluindo a publicação de editais e a criação de programas de apoio à população negra.
Uma das políticas discutidas pela ministra foi a Lei de Cotas nas universidades brasileiras, que recentemente passou por uma revisão. Antes da lei, apenas entre 3% e 5% dos estudantes do ensino superior eram negros. Com a implementação da legislação, esse percentual subiu para 50%. Anielle Franco enfatizou o impacto positivo das cotas em sua própria trajetória acadêmica, mencionando que ela entrou na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) como cotista e em terceiro lugar na classificação geral.
Em relação aos crimes de racismo, a ministra defendeu a necessidade de punições mais rigorosas e ressaltou a importância da educação como forma de conscientizar a população sobre o preconceito racial. Ela afirmou que é inaceitável que, em pleno 2023, ainda existam pessoas que cometam atos racistas e que acreditem estar certas, além de culparem o governo por suas ações.
A luta contra o racismo é uma pauta presente no Brasil há décadas, mas ainda há muito a ser feito para que todos os cidadãos sejam tratados com igualdade e respeito, independentemente de sua cor ou etnia. O combate ao racismo deve ser uma preocupação de toda a sociedade, e é necessário que sejam implementadas políticas públicas efetivas para garantir uma mudança real nesse cenário. A conscientização e a educação são fundamentais nesse processo, pois é por meio delas que será possível promover uma transformação social e alcançar o tão almejado país sem racismo.
