Santa Casa de Misericórdia em situação crítica precisa de ajuda da sociedade, segundo senador Eduardo Girão

O senador Eduardo Girão, do partido Novo e representante do estado do Ceará, fez um pronunciamento nesta quarta-feira (01), no qual expressou sua preocupação com a situação da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza e pediu ajuda da sociedade para resolver a crise que o hospital enfrenta. Girão ressaltou que atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS) só arca com 60% das despesas mensais do hospital, o que tem gerado um déficit de aproximadamente 2 milhões de reais por mês. As doações e outras receitas financeiras recebidas pela instituição não têm sido suficientes para cobrir esse déficit.

Para tentar amenizar a situação, o senador destinou uma emenda parlamentar no valor de 1,45 milhão de reais para o hospital. Ele também destacou a importância da Santa Casa, que foi fundada em 1861 com o objetivo de atender a população mais carente do estado do Ceará. O hospital oferece diferentes serviços através das unidades que compõem o complexo Hospital Santa Casa, Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paulo e Cemitério São João Batista.

Girão mencionou ainda que o estado do Ceará poderia resolver a questão da Santa Casa se priorizasse os recursos de forma mais adequada. Ele criticou os gastos supérfluos com aluguel de jatinhos e helicópteros, que já consumiram mais de 15 milhões de reais este ano, além dos gastos em propaganda e publicidade do governo anterior, que totalizaram 1,1 bilhão de reais. O senador enfatizou que o Brasil e o estado do Ceará têm recursos disponíveis, mas é necessário priorizar a destinação desses recursos e olhar para a realidade do povo.

Além da situação específica da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, Girão ressaltou o cenário mais amplo de crise na saúde pública do país. De acordo com ele, 315 hospitais filantrópicos já foram fechados e 7 mil leitos do SUS foram desativados. Ele também ressaltou que a tabela remuneratória dos procedimentos do SUS está defasada há mais de 10 anos.

Essa situação evidencia a necessidade urgente de uma revisão do sistema de saúde pública no Brasil, com investimentos adequados e uma política de prioridades que coloque o bem-estar da população em primeiro lugar. A saúde é um direito básico dos cidadãos e é essencial que haja um compromisso do poder público em garantir o acesso a serviços de qualidade. A sociedade como um todo deve se unir para apoiar e buscar soluções para a crise enfrentada pela Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza e por tantas outras instituições que lidam com dificuldades semelhantes.

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