Yousef Hammash, funcionário do Conselho Norueguês de Refugiados, descreveu a situação como “insana” e lamentou as contínuas interrupções nas comunicações. Sousan Hammad, escritora e professora que tem familiares em Gaza, expressou sua preocupação, pois não recebeu notícias de seu primo desde o ataque aéreo. Ela disse que está presumindo o pior e que a única coisa que pode fazer é esperar.
Na quarta-feira, o bairro devastado foi atingido novamente, causando mais mortes e ferimentos. Vídeos verificados mostraram a destruição em Jabaliya, com vários prédios completamente arrasados. Equipes de resgate e moradores foram vistos cavando entre os escombros e resgatando pessoas feridas e mortas.
O Exército israelense confirmou que o ataque aéreo foi direcionado a um complexo de comando e controle do Hamas em Jabaliya e afirmou que os terroristas do Hamas foram eliminados. No entanto, um porta-voz do Exército disse que não tinha conhecimento da declaração dada à CNN.
As interrupções nas comunicações dificultaram o contato com sobreviventes e equipes de resgate para avaliar o número de mortos em Jabaliya. O Ministério do Interior de Gaza informou que um bloco residencial inteiro havia sido destruído e imagens mostraram fileiras de corpos do lado de fora de um hospital próximo.
Jabaliya é uma comunidade desenvolvida que abriga palestinos que foram expulsos de suas casas durante o conflito que deu origem ao Estado de Israel. O ataque aéreo intensificou as críticas internacionais à contraofensiva de Israel em Gaza. Autoridades locais relatam um alto número de mortos entre os palestinos, mas essas informações não puderam ser confirmadas de forma independente.
O governo israelense afirmou que o Hamas está usando civis como escudos humanos, mas especialistas em direitos humanos argumentam que isso não isenta Israel de sua obrigação de proteger os civis. O conflito em Gaza continua, e os palestinos enfrentam não apenas a violência, mas também a incerteza e a dificuldade em se comunicar e obter informações sobre seus entes queridos.
