Estados Unidos discutem limites de apoio financeiro a Israel e pacote para Gaza, Ucrânia e aliados na Ásia.

Os Estados Unidos estão prestes a enfrentar a difícil decisão de definir a distribuição do apoio financeiro a seus aliados no exterior. Com um Congresso finalmente plenamente funcional, o debate sobre esse assunto ocorrerá nesta quinta-feira (2).

A questão envolve principalmente Israel, Ucrânia e aliados na Ásia, sendo que há divergências entre os democratas e os republicanos sobre como distribuir os recursos. Ambos os partidos concordam em liberar ajuda militar para Israel, conhecido como o aliado mais tradicional dos EUA, que está atualmente em conflito com o grupo palestino Hamas.

Entretanto, a situação se complica quando se trata da Ucrânia. Os EUA são o maior fornecedor de ajuda militar para Kiev desde a invasão russa em 2022. O presidente Joe Biden reiterou seu compromisso de continuar apoiando financeiramente a Ucrânia durante a visita do presidente Volodimir Zelensky a Washington em setembro passado.

No entanto, há riscos de falhas nesse apoio. A Câmara de Representantes, de maioria republicana, pede o fim imediato da ajuda a Kiev. Por outro lado, o Senado, de maioria democrata, tem uma oposição republicana favorável à assistência à Ucrânia.

Mitch McConnell, líder republicano do Senado, afirmou que a ideia de que o apoio contra a Rússia prejudicaria outras prioridades de segurança é falsa. Diante desse impasse, Biden decidiu combinar seu pedido de ajuda para a Ucrânia com a assistência a Israel.

Além disso, o presidente dos EUA também planeja destinar recursos para combater a China, investindo na fabricação de submarinos e competindo economicamente com os grandes projetos chineses em países em desenvolvimento. E, por fim, Biden solicitou recursos para auxiliar em crises humanitárias internacionais, incluindo a provocada pelos intensos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza.

Diante de todas essas demandas, Biden estima que o pacote totalize quase US$ 106 bilhões. No entanto, a cúpula republicana da Câmara baixa planeja enfrentar o presidente e votar apenas o pacote para Israel nesta quinta-feira.

Essas disputas em torno dos pacotes de assistência levantam questões importantes sobre o papel dos EUA como Polícia Mundial e prometem ser duradouras. Biden, consciente da importância desse apoio, postou em sua conta no X (antigo Twitter) que pediu ao Congresso medidas que permitam cumprir seus compromissos com ajuda humanitária e defesa, ressaltando que a paz e a estabilidade dependem disso.

A discussão sobre como o apoio financeiro será distribuído a países como Israel, Ucrânia e aliados na Ásia continuará a ser acalorada e é uma das grandes questões que o Congresso americano terá que enfrentar nos próximos dias.

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