Repórter Recife – PE – Brasil

Chefe do Hezbollah alerta para possibilidade de guerra total entre Israel e Hamas em Gaza

O líder do grupo libanês pró-Irã Hezbollah, Hassan Nasrallah, em seu primeiro discurso desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em Gaza, afirmou nesta sexta-feira (3) que há uma possibilidade realista de que a situação possa desencadear uma “guerra total”. Nasrallah advertiu os Estados Unidos, pedindo que eles impeçam a agressão israelense contra Gaza se quiserem evitar uma conflagração regional.

Nasrallah ressaltou que todas as opções estão em aberto e responsabilizou diretamente os Estados Unidos pela guerra em curso em Gaza, declarando que Israel é apenas um instrumento. Ele também afirmou que o Hezbollah está pronto para enfrentar qualquer ameaça à região e alertou contra qualquer ataque ao Líbano, chamando-o de “a maior estupidez da sua existência”.

O líder do movimento xiita garantiu que o Hamas tomou a decisão de atacar Israel por conta própria, sem informar tanto o Hezbollah quanto o Irã de suas ações. Nasrallah destacou que o Hezbollah entrou na batalha desde 8 de outubro, mas sua intervenção foi realizada de forma comedida, na fronteira entre o Líbano e Israel.

As declarações de Nasrallah coincidiram com a visita do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, que pediu por “pausas” humanitárias na Faixa de Gaza. Após o discurso do líder do Hezbollah, os Estados Unidos pediram ao grupo que não se aproveitasse do conflito entre o Hamas e Israel.

O temor de uma escalada do conflito entre Israel e o Hamas é uma preocupação tanto regional quanto global. Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para a possibilidade de uma “guerra em toda a região”, enfatizando a necessidade de um cessar-fogo imediato e de uma solução diplomática para a crise.

Enquanto isso, a violência persiste em Gaza, com um número crescente de mortos e feridos, além de danos materiais significativos. A comunidade internacional continua a pressionar por uma solução pacífica e duradoura para o conflito, com ênfase na proteção dos civis e no respeito ao direito humanitário internacional.

No entanto, parece haver um impasse nas negociações, com o Hamas exigindo o fim do bloqueio israelense a Gaza e a libertação de prisioneiros palestinos, enquanto Israel insiste na desmilitarização do grupo e na garantia de segurança para seus cidadãos.

Enquanto as partes envolvidas continuam a trocar acusações e a recorrer à violência, a população civil continua a sofrer as consequências desse conflito devastador. A comunidade internacional, portanto, insiste na necessidade de um esforço conjunto para alcançar uma solução pacífica e duradoura que garanta a segurança e a dignidade de todos os habitantes da região.

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