Tribunal dos EUA suspende restrição de comentários de Donald Trump antes de julgamento por anular eleições de 2020.

Um tribunal federal de apelações nos Estados Unidos emitiu uma decisão nesta sexta-feira (3), suspendendo temporariamente a restrição de comentários impostos ao ex-presidente Donald Trump. A decisão ocorreu com o objetivo de permitir que o tribunal ouça os argumentos do caso antes de tomar uma decisão final.

No mês passado, a juíza distrital Tanya Chutkan determinou que Trump não poderia realizar ataques públicos aos promotores, à equipe da corte ou às potenciais testemunhas antes de seu julgamento, marcado para março, no qual é acusado de conspirar para anular os resultados das eleições de 2020.

A decisão de Chutkan veio após um pedido feito pelo promotor especial Jack Smith, que afirmou que a retórica inflamatória de Trump poderia prejudicar seu julgamento. Em sua defesa, Trump descreveu Chutkan como uma “juíza que odeia Trump” e os auxiliares de Smith como uma “equipe de valentões”. Além disso, ele também fez comentários negativos sobre a capital americana, chamando-a de uma cidade “suja e infestada de criminalidade” com uma população que seria “anti-Trump de mais de 95%”.

Como favorito à indicação republicana para as eleições presidenciais de 2024, Trump recorreu da ordem de silêncio alegando uma violação de seu direito à livre expressão. O tribunal de apelações decidiu suspender temporariamente a ordem até que possa ouvir os argumentos orais do caso que estão marcados para o dia 20 de novembro.

É importante ressaltar que a ordem de silêncio não proíbe Trump de se referir ao presidente Joe Biden, ao Departamento de Justiça ou à capital do país. Vale lembrar também que Trump já possui uma ordem de silêncio no caso civil por fraude em Nova York e foi multado em um total de US$ 15 mil (cerca de R$ 73,3 mil) por violá-la em duas ocasiões.

O ex-presidente foi acusado em Washington por tentar mudar os resultados das eleições de 2020, em um esforço coordenado que culminou na invasão do Capitólio, em 6 de janeiro deste ano, por seus apoiadores.

É importante destacar que o presente texto foi escrito com base nas informações disponíveis e não faz referência à fonte original.

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