Esse é o quarto grupo de estrangeiros autorizados a ingressar em território egípcio desde quarta-feira (1º), quando cerca de 580 pessoas, incluindo 81 feridos, puderam atravessar a passagem de Rafah. No total, 2.327 homens, mulheres, crianças e idosos de diferentes nacionalidades já conseguiram ingressar no Egito. No entanto, nenhum brasileiro está entre esse grupo.
Atualmente, 34 brasileiros estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, ambas próximas à fronteira da Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores brasileiro está coordenando um esquema de repatriação para esse grupo, que inclui auxílio desde a saída da Faixa de Gaza até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) está pronto para transportá-los de volta ao Brasil.
Na quinta-feira (2), após a divulgação de uma segunda lista de autorizados que não contemplava nenhum brasileiro, a assessoria do Itamaraty afirmou que não é possível prever quando os 34 brasileiros serão autorizados a deixar a Faixa de Gaza, uma vez que as autoridades locais aplicam critérios de seleção. No entanto, o governo brasileiro continua entrando em contato com lideranças regionais na tentativa de agilizar o processo de repatriação.
Porém, na sexta-feira (3), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que os 34 brasileiros devem ser autorizados a cruzar a fronteira até a próxima quarta-feira (8). Segundo Vieira, após uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, ficou garantido que todos os brasileiros em Gaza poderão sair pela passagem de Rafah nesse período. Há a possibilidade de que a liberação ocorra antes dessa data.
Essas medidas são parte dos esforços internacionais para garantir a segurança e o retorno de cidadãos estrangeiros que estão presos na Faixa de Gaza devido ao conflito entre Israel e o Hamas. O objetivo é permitir que essas pessoas saiam da região e retornem aos seus países de origem o mais rápido possível, evitando qualquer risco à sua integridade física.