Essa autorização marca o quarto grupo de estrangeiros ou residentes com dupla nacionalidade que as autoridades egípcias e israelenses, com o consentimento do governo norte-americano, permitem ingressar no território egípcio, escapando do conflito entre Israel e o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza. A região é um estreito pedaço de terra de aproximadamente 41 quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, banhada pelo Mar Mediterrâneo, e abriga cerca de 2,2 milhões de palestinos.
Desde a última quarta-feira (1º), quando cerca de 580 pessoas, incluindo 81 feridos, foram autorizadas a atravessar a passagem de Rafah, um total de 2.327 homens, mulheres, crianças e idosos de diferentes nacionalidades puderam ingressar no território egípcio. No entanto, nenhum brasileiro foi contemplado nessa permissão.
Atualmente, 34 brasileiros que solicitaram auxílio ao governo brasileiro estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com Gaza. O Ministério das Relações Exteriores informou que está fornecendo assistência a esse grupo, desde a saída da Faixa de Gaza até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) está aguardando para repatriá-los.
Na quinta-feira (2), após a divulgação da segunda lista sem contemplar nenhum brasileiro, a assessoria do Itamaraty esclareceu que não é possível prever quanto tempo levará para que os 34 brasileiros sejam autorizados a deixar Gaza, já que os critérios de seleção são estabelecidos pelas autoridades locais. No entanto, o governo brasileiro continua trabalhando para agilizar a repatriação desses brasileiros e seus parentes de outras nacionalidades, mantendo contato com lideranças regionais.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta sexta-feira (3) que os 34 brasileiros devem ser autorizados a cruzar a fronteira até a próxima quarta-feira (8). Em uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, Vieira recebeu garantias de que todos os brasileiros em Gaza poderão sair pela passagem de Rafah até esse prazo, podendo até ocorrer uma liberação antecipada.
