O protesto foi organizado pela Voz Judaica pela Paz (JVP), cujo representante Jay Saper afirmou que as palavras inscritas na Estátua da Liberdade, da poetisa judia Emma Lazarus, os obrigam a agir em apoio aos palestinos de Gaza que desejam viver em liberdade. O Instituto de Entendimento do Oriente Médio (Imeu) também divulgou um comunicado exigindo o fim dos bombardeios genocidas contra civis palestinos.
Durante o protesto, a fotógrafa americana Nancy Goldin declarou que é preciso gritar mais alto enquanto o povo de Gaza clama por ajuda, mesmo que tentem silenciá-los. Alguns representantes eleitos de Nova York, todos da esquerda, também estavam presentes no ato.
Nova York tem sido palco de manifestações pró-Israel e pró-Palestina nos últimos meses. A cidade abriga uma grande população judia e muçulmana, e as tensões têm se intensificado, principalmente em campi universitários como o da Columbia. A juventude judia americana, que em sua maioria apoia o Partido Democrata, tem se dividido entre aqueles que criticam o que chamam de “genocídio” praticado por Israel em Gaza e aqueles que ainda apoiam o país, mesmo com os episódios recentes de violência.
Vale ressaltar que recentemente, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou uma ajuda de US$ 14 bilhões para Israel. No último sábado, organizações como a JVP reuniram milhares de manifestantes em Washington para exigir um cessar-fogo imediato em Gaza e criticar a política americana de apoio a Israel.
Essa não é a primeira vez que a JVP realiza manifestações. No final de outubro, eles ocuparam a estação Grand Central, um importante ponto de tráfego em Manhattan, com as mesmas demandas. Centenas de pessoas foram detidas durante o protesto. Enquanto isso, as organizações pró-palestinas também têm se mobilizado e realizado protestos em diferentes locais da cidade, pedindo o fim dos bombardeios israelenses em Gaza, que já causaram a morte de mais de 10.000 pessoas, incluindo muitas crianças. Desde que o Hamas invadiu Israel em 7 de outubro, mais de 1.400 pessoas foram mortas, a maioria civis, e outras 240 foram sequestradas, incluindo bebês e idosos.
