De acordo com a agência de notícias Reuters, as saídas foram suspensas após um ataque de Israel contra ambulâncias em Gaza que estavam sendo usadas para transportar feridos. Autoridades do Egito, Estados Unidos e Catar afirmaram que estão tentando retomar a saída de estrangeiros e feridos de Gaza após o ataque.
A última lista divulgada no sábado (4) continha os nomes de 599 estrangeiros, incluindo 386 com passaporte dos Estados Unidos, 112 do Reino Unido, 51 da França e 50 da Alemanha. Esse foi o quarto grupo de estrangeiros que as autoridades egípcias e israelenses, com a aprovação do governo dos Estados Unidos, permitiram entrar no território egípcio.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, conversou com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, na última sexta-feira (3). Segundo o chanceler brasileiro, o ministro israelense garantiu que até quarta-feira (8), os brasileiros em Gaza estariam autorizados a cruzar a fronteira com o Egito.
Um grupo de 34 brasileiros aguarda autorização para deixar Gaza desde o início da guerra. Eles estão espalhados pelas cidades de Rafah e Kahn Yunis, no sul do enclave palestino. Segundo o brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, está extremamente difícil encontrar comida e não há água potável para beber. Os alimentos estão sendo cozidos em fogões a lenha.
Rabee afirmou que a situação está piorando a cada dia. Eles estão tendo que consumir água encanada que não é mineral e estão há 31 dias sem energia elétrica. Além dos desafios da guerra e dos bombardeios, a falta de comida é mais um sofrimento enfrentado pelos moradores. Muitas pessoas estão passando fome na região.
Apesar das garantias dadas pelo governo israelense, até o momento, os brasileiros em Gaza continuam sem permissão para deixar o enclave palestino. A incerteza e a intensificação dos conflitos tornam a situação ainda mais angustiante para aqueles que estão presos na região. As autoridades internacionais têm buscado soluções para a retirada dos estrangeiros e feridos, mas até agora não há uma resposta definitiva sobre a liberação das saídas. O futuro dessas pessoas continua incerto e o sofrimento em Gaza persiste.
