Discussões sobre a meta fiscal para 2024 e possíveis mudanças são destacadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

A meta fiscal para o próximo ano ainda segue em discussão pelo governo brasileiro. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a meta fixada em zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), pode ser modificada depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarar que dificilmente será cumprida.

De acordo com Alckmin, ainda não há um prazo definido para a definição da nova meta. Ele ressaltou que é uma questão a ser discutida, mas o governo está empenhado em zerar o déficit fiscal e futuramente ter superávits fiscais consecutivos. O resultado primário, que representa o déficit ou superávit das contas do governo sem os juros da dívida pública, é uma preocupação para a equipe governamental.

Embora a meta fiscal de 2024 possa sofrer uma alteração para um déficit de 0,25% ou 0,5% do PIB, Alckmin garantiu que o governo está comprometido com a responsabilidade fiscal. Ele explicou que o presidente Lula demonstrou preocupação com possíveis turbulências econômicas internacionais que possam afetar o Brasil, o que justificaria uma atenção especial para os brasileiros, em especial para aqueles que mais necessitam.

As declarações foram feitas antes da assinatura de um acordo entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O acordo prevê um investimento de US$ 50 milhões destinados ao Portal Único do Comércio Exterior, uma iniciativa para reduzir burocracias e agilizar as importações no Brasil.

Além disso, o BID também irá apoiar o Programa Nacional da Cultura Exportadora, que tem como objetivo aumentar o número de micro, pequenas e médias empresas que exportam. Atualmente, menos de 1% das empresas brasileiras realizam exportações.

O governo assumiu o compromisso de reduzir a burocracia nas exportações e importações, especialmente em cinco órgãos federais responsáveis por 85% das análises de licenciamento de importações no país. Entre as medidas estão a padronização de documentos, a simplificação de procedimentos e investimentos em tecnologia para reduzir o tempo e o custo para o setor público.

Em resumo, a definição da meta fiscal para o próximo ano ainda está em análise pelo governo, que busca alcançar um déficit zero e posteriormente superávits fiscais. O presidente Lula expressou preocupação com a possibilidade de turbulências econômicas internacionais e ressaltou a importância de amparar os trabalhadores mais vulneráveis. Paralelamente, foi firmado um acordo entre o Ministério do Desenvolvimento e o BID, visando a redução da burocracia no comércio exterior brasileiro e o estímulo às exportações de empresas de pequeno porte.

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