A iniciativa para a realização da exposição é do mandato da vereadora Monica Benicio, em parceria com o Instituto Marielle Franco, uma entidade sem fins lucrativos criada pela família de Marielle. O objetivo do instituto é fortalecer a participação de mulheres negras, pessoas LGBTQIA+ e moradores de periferias. Através dessa exposição, busca-se manter vivo o legado deixado por Marielle Franco.
Monica Benicio, que é viúva de Marielle, foi eleita para ocupar o mesmo cargo que sua companheira desempenhou. Ela é atualmente a líder da bancada do PSOL na Câmara Municipal. Em nota divulgada por seu mandato, Monica ressalta a importância da exposição: “Essa exposição mostra como foi a vida de Marielle por meio de fotos lindíssimas que nos despertam muitas emoções. É um trabalho fundamental para manter viva a memória da minha mulher e sua luta incansável por direitos humanos”. A mostra já passou pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e agora chega à Câmara Municipal, local onde Marielle exerceu o seu mandato.
Marielle Franco foi a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016 no Rio de Janeiro e estava em seu primeiro mandato quando foi brutalmente assassinada. Ela estava retornando de uma atividade política quando o carro onde estava foi alvo de tiros disparados por ocupantes de outro veículo. O motorista Anderson Gomes também foi morto. Os ex-policiais Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, acusados de serem os executores do crime, estão presos e aguardam o julgamento. No entanto, os mandantes do assassinato ainda não foram identificados e as investigações seguem em andamento.
Além disso, a exposição terá uma inauguração oficial no dia 17 de novembro. Nessa ocasião, a vereadora Monica Benicio entregará o 1º Prêmio de Cria pra Cria, que tem como objetivo mudar a imagem estigmatizada das favelas como territórios marcados pela violência, através de uma abordagem artística. Mais de 40 artistas, coletivos e mobilizadores favelados da área da cultura serão homenageados durante a cerimônia no plenário da Câmara Municipal.
Com a exposição fotográfica e a entrega do prêmio, Monica Benicio busca manter viva a memória de Marielle Franco e destacar a importância da luta por direitos humanos, além de valorizar o protagonismo das comunidades periféricas.
