Com a suspensão da greve, alguns ônibus voltaram a circular ainda nesta segunda-feira, e o sistema de transporte público deve voltar à normalidade total a partir de terça-feira (7). Durante a paralisação, as paradas de ônibus ficaram cheias, o metrô ficou sobrecarregado e o trânsito nas principais vias ficou mais pesado, devido ao aumento no número de carros.
Antes do início da assembleia, os representantes sindicais se reuniram com os representantes do TRT para discutir a situação. A suspensão da greve ocorreu após um entendimento ser firmado com o Judiciário. Quando a greve foi deflagrada, o governo do Distrito Federal acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT), alegando que a greve era abusiva.
Com base na ação do governo, a Justiça determinou a aplicação de uma multa de R$ 10 mil por hora paralisada. No entanto, com o fim da greve, a aplicação da multa foi suspensa. A central sindical CUT informou que as negociações salariais ainda estão em andamento, com os rodoviários reivindicando um reajuste de 8%.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, as empresas ofereceram reajustes de 5,33% nos salários, no plano de saúde e no plano odontológico, 8% no tíquete alimentação e 10% na cesta básica. As negociações devem continuar nos próximos dias.
A Justiça classificou a paralisação como abusiva por ter sido iniciada sem aviso prévio adequado e sem a definição de percentuais mínimos de funcionamento do sistema de transporte coletivo. O presidente do TRT-10 frisou que, embora as empresas tenham sido informadas sobre a greve com uma antecedência de 72 horas, como exigido por lei, não há registros de que a população tenha sido informada.
O dirigente do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, João Osório, afirmou que a categoria avisou a população sobre a paralisação através de anúncios em jornais de grande circulação e que as empresas foram comunicadas com ainda mais antecedência do que o exigido por lei.
