Atriz pornô revela segredos da indústria: como o squirt é falsificado e a pressão para alcançar o clímax

A atriz colombiana Amaranta Hank chama a atenção em um vídeo no qual realiza o que é conhecido como squirt, ou esguicho em inglês. A cena, que conta com mais de 1,4 milhão de visualizações, desperta o interesse e a curiosidade dos espectadores. No entanto, o que muitos não sabem é que na indústria pornográfica, tudo é calculado e muitas vezes o squirt é falsificado.

A própria Amaranta Hank revela que aprendeu a fingir o squirt ao longo do tempo. Ela explica que, nas gravações, todo o processo é acelerado e nem sempre é possível atingir o clímax genuíno. Por isso, são utilizados truques como o uso de garrafas de água, bolsas de água nas costas das atrizes e até enemas.

O squirt, que muitas vezes é visto como o máximo do prazer feminino, é na verdade uma fantasia sexual criada em torno desse fenômeno. Muitas mulheres conseguem experimentar orgasmos intensos sem que haja a ejaculação de líquido. No entanto, o mito persiste e a pornografia tem influenciado a busca por esse tipo de experiência.

A sexóloga Almudena M. Ferrer esclarece que o squirt é frequentemente confundido com a ejaculação feminina, mas são coisas totalmente diferentes. Enquanto o squirt é a expulsão de um líquido diluído das glândulas de Skene, a ejaculação feminina se caracteriza pela liberação de um líquido esbranquiçado, espesso e escasso da próstata feminina.

A falta de estudos científicos sobre o squirt contribui para a propagação de lendas e meias verdades sobre o assunto. Há registros do squirt desde a época do médico Hipócrates, mas ainda há muito desconhecimento sobre o tema.

A influência da pornografia também desempenha um papel importante na disseminação do mito do squirt. Muitos casais buscam reproduzir o que veem nos vídeos, o que pode gerar pressão e frustração. A sexóloga Norma Ageitos Urain destaca que é preciso desconstruir esses fantasmas e entender que o squirt é uma reação fisiológica do corpo, não um objetivo a ser alcançado.

O squirt pode acontecer sem que haja um orgasmo e pode ser vivenciado de diferentes formas por cada mulher. Amaranta Hank, por exemplo, conseguiu experimentar o squirt pela primeira vez durante a pandemia, explorando seu corpo de forma mais íntima e sem a pressão das gravações.

Em suma, o squirt pode ser uma experiência prazerosa para algumas mulheres, mas é importante compreender que cada corpo é único e que não é necessário atingir esse tipo de ejaculação para se ter um orgasmo pleno. É fundamental desconstruir os mitos em torno do squirt e promover uma visão mais ampla e diversa da sexualidade feminina.

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