Casos de sífilis em recém-nascidos nos EUA multiplicam-se por dez em 10 anos, alerta agência de saúde

O alarmante aumento de casos de sífilis em bebês recém-nascidos nos Estados Unidos foi tema de alerta emitido por autoridades de saúde na terça-feira (7). Segundo comunicado da agência dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), mais de 3.700 crianças nasceram com sífilis congênita em 2022, número superior a dez vezes o registrado em 2012.

A sífilis congênita é uma doença que, em 90% dos casos, poderia ter sido evitada com exames precoces e tratamento durante a gestação, de acordo com a CDC. A médica-chefe da agência, Debra Houry, afirmou que “a crise da sífilis congênita nos Estados Unidos disparou em um ritmo angustiante”.

Os bebês podem desenvolver sífilis no útero se a mãe estiver infectada e não for tratada. A doença pode provocar aborto espontâneo, a morte do recém-nascido ou complicações de longo prazo, como a perda da visão ou audição e más-formações nos ossos.

A sífilis vem aumentando em todos os grupos etários nos Estados Unidos, inclusive em mulheres em idade reprodutiva e seus parceiros sexuais, segundo Houry. Minorias raciais enfrentam o surto da doença com menos acesso a exames e tratamento. Por conta disso, os CDC exigiram dos prestadores de serviços de saúde um aumento dos exames de detecção em mulheres grávidas, incluindo aquelas tratadas em salas de emergência e programas relacionados ao uso de drogas.

O problema é parte de um cenário mais amplo, que é o aumento das infecções sexualmente transmissíveis no país. A preocupação das autoridades de saúde é grande diante do avanço da sífilis entre gestantes e seus bebês nos Estados Unidos. O impacto desses números preocupa as autoridades de saúde pública, que buscam soluções para reduzir a incidência da doença e evitar a transmissão para os recém-nascidos. A expectativa é que medidas preventivas e campanhas de conscientização possam reverter essa tendência preocupante.

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