Entidades alertam para risco de segurança em desintrusão de Terra Indígena Apyterewa devido à ausência das forças de segurança.

Entidades representativas de servidores indigenistas e de fiscalização ambiental que atuam no processo de desintrusão da Terra Indígena (TI) Apyterewa, no Pará, alertam para o risco que as equipes correm por conta da menor presença das forças de segurança. Segundo a Indigenistas Associados (INA) e a Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente e PECMA (Ascema Nacional), os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) têm dado continuidade às atividades que lhes competem, no contexto da retirada de invasores do território. Contudo, isso tem sido feito sem a proteção de agentes da Força Nacional e outras forças de segurança.

O prazo dado pelo governo para que os invasores deixem voluntariamente a TI Apyterewa e para a remoção de gado criado na área expirou no dia 31 de outubro. No entanto, as entidades alertam que a ausência de forças de segurança está prejudicando o avanço operacional e a realização das ações positivas de governo, que poderiam auxiliar no apaziguamento dos ânimos e o auxílio às populações de baixa renda.

Diante dessas informações, o governo federal divulgou um informe rebatendo boatos sobre a situação da TI Apyterewa e da Trincheira Bacajá, destacando que a operação não parou e que todos devem filtrar informações para evitar a propagação de fake news. As ações de desintrusão já realizadas resultaram na apreensão de agrotóxicos, armas de fogo com porte irregular e munições, além de autuações por trabalho análogo à escravidão.

O governo também esclareceu que está se preparando para a segunda etapa do processo de desintrusão, que consiste em sobrevoar os territórios para garantir que os invasores tenham deixado o local e, caso contrário, retirá-los conforme as diretrizes asseguradas pelo Supremo Tribunal Federal.

A Agência Brasil entrou em contato com a Funai, a Secretaria-Geral da Presidência e o Ministério dos Povos Indígenas, mas não obteve retorno até o momento.

Diante da tensão na região, é importante que o governo forneça segurança adequada para as equipes que atuam na desintrusão da Terra Indígena Apyterewa, garantindo que o processo seja efetuado de forma segura e sem riscos para os servidores e a população indígena. A preservação do meio ambiente e o respeito aos direitos dos povos indígenas são fundamentais para a manutenção da harmonia e do equilíbrio na região amazônica.

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