Vídeos circularam nas redes sociais mostrando o homem portando uma arma na rodovia Interamericana, enquanto outra pessoa, que seria uma das vítimas, estava caída no asfalto. Estas mortes representam as primeiras vítimas fatais dos protestos que começaram no dia 20 de outubro contra o contrato com a empresa canadense First Quantum Minerals, operadora da maior mina de cobre a céu aberto na América Central, no Caribe do Panamá.
A polícia também compartilhou uma foto do homem detido, um idoso de cabelos grisalhos, óculos e camisa cinza, algemado a um tubo dentro de um quartel ou veículo da polícia. O Ministério Público informou o início das investigações por crime contra a vida e integridade pessoal das duas vítimas do bloqueio viário, mantendo a pessoa detida.
Além disso, vários trechos da rodovia Interamericana permaneceram bloqueados há dias, afetando o transporte de alimentos, remédios e combustíveis, enquanto pequenos grupos de manifestantes fecharam avenidas na capital. Como medida paliativa, o Congresso do Panamá aprovou uma moratória da mineração de metais e delegou à Suprema Corte de Justiça a decisão sobre o contrato com a FQM, que permite a operação da mina por 40 anos.
Ambientalistas aprovaram a decisão do Congresso, enquanto o sindicato poderoso da construção, os Suntracs, juntamente com sindicatos de professores e outras organizações, insistem em anular o contrato por lei. Eles seguem acompanhando os protestos e bloqueios viários, alegando que o contrato deve ser anulado por lei para garantir uma defesa do país em uma possível ação bilionária da empresa.
Esses eventos turbulentos demonstram a polarização e tensão sobre a questão da mineração e seus impactos na sociedade panamenha, desencadeando uma série de protestos e manifestações que têm causado transtornos significativos no país.
