Manifestação da extrema direita espanhola em Madri contra projeto de anistia a separatistas catalães provoca tensão e dispersão pela polícia.

Milhares de manifestantes, convocados pela extrema direita espanhola, reuniram-se nesta terça-feira em Madri para protestar contra um projeto de lei do presidente do governo, Pedro Sánchez. O projeto de lei propõe conceder anistia aos separatistas catalães processados pela Justiça espanhola, em especial por sua participação na tentativa fracassada de secessão da Catalunha em 2017, despertando indignação na oposição de direita e extrema direita.

Com um dispositivo policial significativo e um helicóptero, as autoridades tentaram conter o protesto diante da sede do PSOE, partido de Sánchez. Segundo a polícia, cerca de 7.000 manifestantes estiveram presentes e houve confronto com a tropa de choque, que utilizou gás lacrimogênio para dispersar uma parte dos manifestantes. O protesto foi apoiado pelo partido Vox e foi mais um em uma série de manifestações que ocorreram nos últimos dias em diferentes cidades da Espanha, como Madri, Barcelona e Valência.

O protagonismo da extrema direita na organização e convocação dos protestos contra o projeto de lei do presidente Sánchez demonstra a forte polarização política que o país enfrenta. Além disso, Sánchez, que precisa garantir o apoio dos partidos independentistas catalães para uma nova investidura, continua sob pressão da oposição e do descontentamento de parte da população em relação à anistia proposta.

O comportamento dos manifestantes e as manifestações que já ocorreram em diferentes cidades da Espanha são um claro reflexo das tensões políticas e sociais que o país enfrenta, especialmente em relação à questão separatista catalã. A situação política continuará a ser acompanhada de perto nos próximos dias, já que Sánchez tem até 27 de novembro para conseguir a confiança do Parlamento e se manter no poder. Caso não consiga, novas eleições serão convocadas automaticamente, o que agravaria ainda mais a instabilidade política na Espanha.

Além disso, o presidente Sánchez precisa garantir o apoio dos sete deputados do Juntos pela Catalunha (JxCat), o partido do líder da intenção de 2017, Carles Puigdemont, o que aumenta ainda mais a pressão sobre a sua administração e as negociações em curso.

A convocação e o comportamento dos manifestantes nas várias manifestações ocorridas nos últimos dias na Espanha são um claro indicativo das divisões e conflitos políticos que afetam o país, colocando em destaque a necessidade de uma solução que promova a estabilidade e a unidade nacional.

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