Com um dispositivo policial significativo e um helicóptero, as autoridades tentaram conter o protesto diante da sede do PSOE, partido de Sánchez. Segundo a polícia, cerca de 7.000 manifestantes estiveram presentes e houve confronto com a tropa de choque, que utilizou gás lacrimogênio para dispersar uma parte dos manifestantes. O protesto foi apoiado pelo partido Vox e foi mais um em uma série de manifestações que ocorreram nos últimos dias em diferentes cidades da Espanha, como Madri, Barcelona e Valência.
O protagonismo da extrema direita na organização e convocação dos protestos contra o projeto de lei do presidente Sánchez demonstra a forte polarização política que o país enfrenta. Além disso, Sánchez, que precisa garantir o apoio dos partidos independentistas catalães para uma nova investidura, continua sob pressão da oposição e do descontentamento de parte da população em relação à anistia proposta.
O comportamento dos manifestantes e as manifestações que já ocorreram em diferentes cidades da Espanha são um claro reflexo das tensões políticas e sociais que o país enfrenta, especialmente em relação à questão separatista catalã. A situação política continuará a ser acompanhada de perto nos próximos dias, já que Sánchez tem até 27 de novembro para conseguir a confiança do Parlamento e se manter no poder. Caso não consiga, novas eleições serão convocadas automaticamente, o que agravaria ainda mais a instabilidade política na Espanha.
Além disso, o presidente Sánchez precisa garantir o apoio dos sete deputados do Juntos pela Catalunha (JxCat), o partido do líder da intenção de 2017, Carles Puigdemont, o que aumenta ainda mais a pressão sobre a sua administração e as negociações em curso.
A convocação e o comportamento dos manifestantes nas várias manifestações ocorridas nos últimos dias na Espanha são um claro indicativo das divisões e conflitos políticos que afetam o país, colocando em destaque a necessidade de uma solução que promova a estabilidade e a unidade nacional.