Repórter Recife – PE – Brasil

Passagem de Rafah, única fronteira da Faixa de Gaza controlada pelo Egito, é aberta para saída de civis e feridos. Brasileiros não são contemplados.

A liberação de passagens pela fronteira do Egito com a Faixa de Gaza, controlada pelo grupo terrorista palestino Hamas, teve início no último dia primeiro. O ponto de trânsito até então era usado exclusivamente para a passagem de comboios com ajuda humanitária, mas agora também está sendo aberto para civis e feridos. Segundo informações oficiais, cerca de 2,9 mil pessoas de outras nacionalidades e feridos foram autorizadas a deixar Gaza.

As negociações para a liberação das passagens ocorrem em conjunto com Estados Unidos, Catar, Alemanha, França, Filipinas, Indonésia, Reino Unido, entre outros países. A abertura desse fluxo de saída de pessoas e feridos vem em meio a muita pressão por parte da comunidade internacional, que teme uma crise humanitária na região e exige um corredor humanitário em Rafah. A incursão israelense e o “cerco total” a Gaza têm contribuído de forma considerável nessa pressão.

Na sexta-feira, uma triste notícia abalou não só a comunidade palestina palestina, mas também o mundo, quando forças israelenses atingiram um comboio de ambulâncias na região, deixando 15 mortos e 60 feridos. Com isso, as passagens de feridos e portadores de passaportes estrangeiros foram suspensas temporariamente. O tráfego voltou ao normal na última segunda-feira, embora oradores locais que ainda restem, as estimativas variam entre 3.000 a 7.000 pessoas.

Por meio de uma lista divulgada, a entrada e saída de estrangeiros e feridos palestinos foi permitida por Rafah em cinco etapas. Contudo, o Brasil, que tem laços fortes com os países árabes e se posiciona de forma pró-palestina no Conselho de Segurança da ONU, manteve-se de fora dessa oferta. As relações do governo brasileiro com o governo de Israel e os Estados Unidos são consideradas razões para que brasileiros tenham sido excluídos das primeiras listas.

A abertura da passagem de Rafah, sob controle egípcio, tem sido um ponto central de consideração após a invasão israelense em Gaza e ocorre na tentativa de tentar prevenir uma crise humanitária ainda maior na região. Apenas um terço da população da faixa de Gaza vive na pobreza. A situação torna-se ainda mais precária, temendo-se a ocorrência de uma crise interna no Egito. Por ora, espera-se a próxima etapa de saída programada para quarta-feira, embora não haja garantias.

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