Senado aprova projeto da Lei Orgânica Nacional das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros, que segue para sanção presidencial.

Nesta terça-feira (7), o Senado aprovou em regime de urgência o projeto que propõe a criação da Lei Orgânica Nacional das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros dos estados, do Distrito Federal e dos Territórios. O objetivo principal do projeto é unificar as regras para as categorias, que agora seguem para sanção presidencial. O projeto foi apresentado pela Presidência da República e mantém as corporações subordinadas aos governadores, além de determinar que a organização destas deve ser fixada em lei estadual, observadas as normas gerais das Forças Armadas.

Entre as principais mudanças propostas pelo projeto, destacam-se as 37 garantias para os ocupantes dos cargos, sejam eles ativos, da reserva remunerada ou reformados (aposentados). As garantias incluem o uso privativo dos uniformes, insígnias e distintivos, porte de arma, assistência jurídica em caso de acusação, seguro de vida e de acidentes, além de assistência médica, psicológica, odontológica e social para o militar e seus dependentes. Além disso, o cônjuge ou dependente terão direito à pensão do militar ativo, da reserva ou reformado correspondente ao posto ou patente que possuía, com valor proporcional ao tempo de serviço.

O projeto também aborda questões políticas, proibindo os policiais militares e bombeiros de participar de manifestações político-partidárias ou reivindicatórias armados ou de uniforme durante o horário de folga. Além disso, eles não podem se filiar a sindicatos ou partidos, nem manifestar opiniões político-partidárias publicamente ou em redes sociais usando a farda, patente, graduação ou o símbolo da instituição. Porém, veteranos da reserva remunerada estão sujeitos às leis que garantem a liberdade de expressão sobre assuntos políticos, ideológicos, filosóficos ou de interesse público.

Outra mudança importante proposta pelo projeto é a reserva de pelo menos 20% das vagas dos concursos públicos para mulheres, com a possibilidade de concorrerem à totalidade das vagas na área de saúde. O projeto também determina que as armas de fogo usadas por policiais militares e bombeiros militares devem ser cadastradas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), assim como as armas particulares.

Essas mudanças prometem trazer impactos significativos para as categorias das polícias militares e dos corpos de bombeiros, e agora aguardam a sanção presidencial para entrarem em vigor.

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