A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a prática de 150 minutos semanais de exercícios para uma vida saudável, no entanto, o “novo tratamento” gratuito e seguro para a disfunção erétil foi publicado na revista científica The Journal of Sexual Medicine.
O pesquisador Larry E. Miller, da Miller Scientific, um dos autores do estudo, reforça que “este estudo fornece aos médicos e pacientes a prova necessária para recomendar definitivamente a atividade aeróbica como parte do tratamento da disfunção erétil”.
A revisão sistemática envolveu 11 ensaios clínicos randomizados e controlados, totalizando 1,1 mil homens, com diferentes níveis de peso corporal e status de saúde geral. Os cientistas fizeram um apanhado para entender o quão bem os tratamentos melhoram o quadro de disfunção erétil e concluíram que entre os tratamentos, os exercícios físicos regulares mostraram melhora de 2 a 5 pontos, comparados com os 4 a 8 pontos obtidos com o uso de medicamentos como Viagra e Cialis.
Para entender o que é disfunção erétil, é válido destacar que a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) classifica a condição como a incapacidade de obter ou de manter a ereção do pênis durante a relação sexual. Por causa do quadro, os homens tendem a enfrentar problemas psicológicos e a perder níveis de qualidade de vida.
Estima-se que 25 milhões de homens sofrem com disfunção erétil no Brasil, sendo a disfunção sexual mais comum entre os homens. Ocorre com mais frequência entre homens mais velhos devido a mudanças relacionadas à idade que o corpo sofre, como declínio natural dos níveis de testosterona, músculos pélvicos enfraquecidos e perda da função nervosa que ajuda o cérebro a se comunicar com outros sistemas do corpo, o que leva a uma ereção.
Todavia, a prática de atividades físicas é eficaz no tratamento da disfunção erétil e não apresenta efeitos colaterais. A decisão entre tomar ou não o medicamento deve ser realizada entre o profissional e o paciente, buscando entender o que é melhor para o quadro de saúde.
Embora seja uma opção mais eficaz, o uso de medicamentos é ainda mais dependente do contexto do paciente. É importante que a decisão seja tomada em conjunto entre o profissional e o paciente, visando a melhor solução para o quadro de saúde.