O chanceler brasileiro Mauro Vieira havia afirmado que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, garantiu que os brasileiros deixariam Gaza até a última quarta-feira. Porém, a assessoria do Itamaraty informou que as negociações para a saída dos brasileiros do enclave continuam sendo feitas com autoridades dos países envolvidos, por meio das embaixadas do Brasil no Cairo, no Egito, em Tel Aviv, em Israel, e em Ramala, na Cisjordânia.
Na lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza nesta quarta-feira, divulgada pelo Escritório da Representação do Brasil, em Ramala, constam 601 estrangeiros, sendo a maioria pessoas com passaporte da Ucrânia. A última vez que os brasileiros tentaram sair de Gaza, a saída foi suspensa depois que Israel bombardeou um comboio de ambulâncias que levariam feridos para o Egito. A fronteira de Rafah, que dá acesso ao Egito, só foi reaberta na última segunda-feira.
Além disso, nesta quarta-feira (8), novos bombardeios foram registrados perto da residência de uma das famílias de brasileiros na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. Um palestino naturalizado brasileiro, Hasan Rabee, de 30 anos, fez registros dos bombardeios e relatou que a situação tem sido de terror, com muitos ataques.
Dos 34 brasileiros presos em Gaza, 16 estão em Khan Yunis e 18 em Rafah, sendo 18 crianças, 10 mulheres e 6 homens. Agora, a expectativa é que a evacuação seja realizada nesta quinta-feira, mas as autoridades brasileiras ainda não confirmaram a informação. A situação dos brasileiros em Gaza é bastante delicada e será preciso acompanhar de perto os desdobramentos das negociações para garantir a segurança e a saída dessas pessoas do local.