Governo da Eslováquia decide bloquear entrega de armas à Ucrânia, de acordo com novos compromissos políticos.

O governo da Eslováquia surpreendeu a comunidade internacional ao anunciar, nesta quarta-feira (8), que bloquearia uma importante entrega de armas à Ucrânia, agendada pelo governo anterior. A decisão foi tomada de acordo com os compromissos do novo primeiro-ministro, Robert Fico, que afirmou em comunicado oficial que o governo não aprova a proposta de entrega de equipamento militar à Ucrânia.

A proposta incluía a entrega de munições 7,62 mm e de grande calibre para canhões de 125 mm, assim como foguetes para defesa antiaérea, morteiros e minas, totalizando um valor de 40 milhões de euros. No entanto, o novo governo de coalizão liderado por Fico, que inclui um partido de extrema direita pró-Rússia, anunciou que a assistência à vizinha Ucrânia seria limitada à “ajuda humanitária e civil”.

A Eslováquia, país membro da União Europeia e da Otan, tem desempenhado um papel importante no apoio à Ucrânia desde o início da invasão russa. Até o momento, já foram entregues equipamentos militares no valor de 671 milhões de euros a Kiev. No entanto, a mudança de postura do governo eslovaco levanta preocupações sobre o futuro da cooperação entre os dois países.

A decisão de bloquear a entrega de armas à Ucrânia também vem em um momento de tensão geopolítica na região, com a presença de forças russas na fronteira leste da Ucrânia. Além disso, a posição adotada pela Eslováquia representa uma mudança significativa em relação à política externa anterior, que priorizava o apoio militar ao governo ucraniano.

Diante desse cenário, o governo de Kiev terá que repensar suas estratégias de segurança e busca de apoio internacional, uma vez que a decisão da Eslováquia pode ter impacto nas relações bilaterais entre os dois países. A comunidade internacional também observa com atenção as políticas adotadas pelo novo governo eslovaco, especialmente no que diz respeito à sua relação com a Rússia.

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