A decisão de incluir o direito ao aborto recebeu 55% dos votos em Ohio, de acordo com as projeções do jornal The New York Times. A notícia foi celebrada por ativistas de uma coalizão que defende o direito ao aborto em Columbus, a capital do estado.
Já a coalizão antiaborto ‘Protect Women Ohio’ afirmou que seus integrantes estão com o “coração partido” com o resultado. Com Ohio se unindo ao grupo de estados que votaram a favor do direito à interrupção da gravidez, a questão toma grande relevância na disputa eleitoral.
O presidente Joe Biden, que se candidata à reeleição e está atrás do antecessor Donald Trump nas pesquisas, comemorou o resultado e aproveitou para pedir doações para a sua campanha. Após a Suprema Corte anular a decisão Roe vs. Wade, que garantia o direito federal ao aborto, a questão recai sobre os estados. No entanto, a questão provoca uma grande mobilização e Ohio não é exceção.
Uma lei do estado buscava proibir qualquer aborto assim que um batimento cardíaco fosse detectado. No entanto, uma emenda aprovada na terça-feira pretende consagrar o direito de tomar decisões sobre aborto, contracepção, tratamentos de fertilidade e cuidados de aborto espontâneo.
Não apenas o direito ao aborto foi votado em Ohio. Os eleitores do estado também aprovaram a regulamentação da maconha, segundo a projeção da imprensa. A expectativa é que o resultado tenha impacto nas eleições presidenciais, que ficam a um ano de acontecer.