Pichação com a inscrição “Israel genocida” acende o alarme da ONG CAM nos debates do III Fórum da América Latina e Israel.

Um dos eventos mais recentes que acendeu o alarme contra o ódio dirigido a judeus foi a pichação com a frase “Israel genocida” em uma parte central de Montevidéu, segundo denuncia o diretor de Assuntos Hispânicos do Movimento de Luta contra o Antissemitismo, Shay Salomon, em entrevista à AFP. A pichação chocou não só pelas palavras, mas também pela escolha do local, uma área conhecida por sua pacífica convivência com a comunidade judaica.

Essa escalada de ódio pode estar ligada ao conflito entre Israel e o grupo islamita palestino Hamas, que se intensificou há cerca de um mês. Esse conflito teve um índice de mortalidade especialmente alto, com mais de 1.400 mortes e 240 sequestrados. A situação preocupante levou a um aumento significativo nos atos de ódio contra os judeus, com um aumento de 1.180% globalmente, de acordo com um relatório conjunto do Estado de Israel, da Organização Sionista Mundial e da Agência Judaica.

O tema central dessas ações de ódio é discutido no III Fórum da América Latina e Israel, organizado pelo CAM e realizado no Uruguai, que reúne representantes de 17 países da região. O evento visa confrontar esse aumento das manifestações antissemitas nas Américas, especialmente na América Latina, onde a retórica de líderes políticos e a sociedade civil tem sinalizado uma escalada preocupante.

O diretor do Movimento de Luta contra o Antissemitismo afirma que criticar o Estado de Israel é legítimo, mas promover mensagens antissemitas não é aceitável. Ele expressa sua preocupação com as manifestações pró-palestinas em países latino-americanos, que fazem chamados para eliminar o Estado de Israel e matar os judeus. Além disso, ele destaca a importância de romper com paradigmas relacionados a desinformação, medo do diferente e fatores históricos e culturais que contribuem para a perseguição dos judeus.

No entanto, Salomon afirma que a luta contra o ódio antissemita persiste diariamente. Ele argumenta que, embora os números de judeus no mundo sejam relativamente pequenos, a importância de combater o antissemitismo é uma questão de princípio. Essa luta, segundo ele, envolve enfrentar a crescente retórica antissemita na esquerda radical, na direita radical e no islã radical ou jihad, que vêm se tornando cada vez mais ameaçadoras.

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