Rebeldes huthis do Iêmen derrubam drone americano em ação de espionagem, aumentando tensões com os Estados Unidos e Israel.

Rebeldes huthis, grupo insurgente do Iêmen, anunciaram na quarta-feira que derrubaram um drone americano MQ-9 Reaper, alegando que a aeronave estava realizando ações de espionagem em apoio a Israel em suas operações contra o Hamas. Um alto funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou o abatimento da aeronave não tripulada, reiterando a reivindicação feita anteriormente pelo grupo huthi, que recebe apoio do Irã.

Os huthis, que tomaram o controle da capital Sanaa em 2014, expressaram publicamente sua oposição a Israel e afirmam fazer parte do “eixo de resistência” contra as forças israelenses. Este grupo insurgente, de natureza xiita, tem lançado ataques contra a vizinha Arábia Saudita, aliada dos Estados Unidos, e também atacado Israel nas últimas semanas.

O ataque do Hamas em 7 de outubro provocou uma forte resposta militar de Israel, que contou com o apoio dos Estados Unidos. Posteriormente, a Marinha americana interceptou vários mísseis disparados pelos huthis, indicando a escalada do conflito na região.

A morte de mais de 1.400 pessoas em decorrência do ataque do Hamas levou a um aumento das tensões na região, com o Exército israelense respondendo com bombardeios na Faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas. Segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas, mais de 10.000 pessoas teriam sido mortas desde então.

As ações dos huthis e a crescente escalada do conflito na região destacam a importância estratégica do oriente médio, região onde conflitos regionais e tensões geopolíticas têm provocado instabilidade e desafios para as políticas externas dos Estados Unidos e de seus aliados.

O lançamento desses ataques e o abatimento do drone MQ-9 Reaper representam um desafio para a diplomacia americana, que tem buscado formas de conter a escalada dos conflitos na região e buscar soluções diplomáticas para as tensões crescentes. Enquanto isso, o apoio militar dos Estados Unidos a Israel e a resposta israelense às investidas do Hamas e dos huthis continuam a gerar preocupações e incertezas sobre a estabilidade na região do oriente médio.

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