Após negociações polêmicas, primeiro-ministro Pedro Sánchez garante apoio de partido separatista catalão para sua volta ao poder.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, obteve nesta quinta-feira (9) o apoio do partido do separatista catalão Carles Puigdemont, indispensável para voltar a tomar posse como chefe de Governo, em troca de uma polêmica lei de anistia que provoca tensão no país.

Após semanas de intensas negociações, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Sánchez e a legenda de Puigdemont (Junts per Catalunya) assinaram um acordo na manhã desta quinta-feira em Bruxelas, para onde o líder independentista fugiu depois do fracasso da tentativa de secessão da Catalunha em 2017, para evitar a Justiça espanhola.

Um grande passo do lado do governo já que uma maioria é necessária para que esses projetos sejam aprovados no parlamento espanhol.
Mesmo com toda a polêmica, houve um acordo, representado por Santos Cerdán, dirigente do Partido Socialista espanhol, para que os sete deputados do Junts per Catalunya deem os votos indispensáveis para que Sánchez consiga ser designado novamente pelo Parlamento, afirmou que é um acordo legislativo, com o objetivo de assegurar a estabilidade na legislatura de quatro anos.

Carles Puigdemont (Junts per Catalunya) pediu, em troca do apoio, que o partido de Sánchez promovesse a lei de anistia para os líderes e militantes separatistas processados pela Justiça espanhola. A lei da anistia deve ser aprovada pelo Parlamento depois que Sánchez for empossado pelos deputados, o que deve acontecer na próxima semana.

A oposição não reagiu bem com esse acordo, para a direita e extrema direita é como um “golpe de estado”. As manifestações contra foram convocadas para protestar contra a medida.

Várias manifestações foram convocadas para protestar contra a medida. Os protestos mais recentes da extrema direita diante da sede do Partido Socialista em Madri terminaram em confrontos com a polícia.

A posição do parte foi de considerar o acordo vergonhoso, Sánchez vai humilhar a Espanha, ao apoiar um foragido da justiça, fazendo com que toda a situação tenha se tornado bem mais complicada.

Ultrapassando todas as opiniões Sánchez deverá ter um futuro complicado diante do impacto desse acordo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo