Exército de Israel reforça ofensiva em Gaza, onde dezenas de milhares de palestinos buscam refúgio no sul.

Exército de Israel intensifica ofensiva no norte de Gaza

O Exército de Israel reforçou sua ofensiva no norte de Gaza, em meio à fuga de dezenas de milhares de palestinos em busca de refúgio no sul do território. As operações militares se intensificaram após mais de um mês de bombardeios e cerco.

Segundo Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelense, cerca de 50.000 moradores de Gaza fugiram do norte da região na quarta-feira. A aceleração do êxodo para o sul tem sido observada com a intensificação dos combates, conforme relatado por observadores da ONU.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estima que aproximadamente 72.000 pessoas fugiram desde a abertura de um corredor de saída em 5 de novembro. A situação no norte do território é descrita como “desastrosa”, com centenas de milhares de pessoas lutando para obter água e alimentos mínimos para sobreviver.

A ofensiva israelense foi desencadeada em represália a um ataque do Hamas em seu território, que resultou na morte de 1.400 pessoas, a maioria civis, e no sequestro de quase 240 israelenses e estrangeiros. Desde então, o Exército israelense mantém uma postura agressiva, com bombardeios incessantes, resultando na morte de mais de 10.500 pessoas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

Enquanto várias nações propuseram um cessar-fogo humanitário, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou a ideia, exigindo a libertação dos reféns. Embora o Catar tenha iniciado mediação para obter a libertação de 12 reféns em troca de uma trégua humanitária de três dias, as discussões têm esbarrado na duração da trégua e na inclusão do norte da Faixa de Gaza.

Durante uma incursão ao epicentro dos combates conduzida pelo Exército, testemunhas afirmaram que muitas famílias estavam aterrorizadas e enfrentavam uma situação insuportável. O território palestino também enfrenta um cerco que impossibilita o fornecimento de água, alimentos, medicamentos e energia elétrica, com dezenas de feridos palestinos retidos na região.

Em meio à operação terrestre, Israel já discute ações para o território pós-conflito. Netanyahu propôs assumir a “responsabilidade pela segurança”, enquanto o governo israelense considera a desmilitarização do território. No entanto, a presença do Exército israelense em Gaza levantou preocupações, e a ofensiva também se estendeu a países vizinhos, como Líbano e Síria.

O conflito continua a provocar impactos diretos em diversas regiões e coloca em risco a vida de milhares de pessoas. A situação humanitária em Gaza é descrita como crítica, com milhões de deslocados internos e um território submetido a condições de sofrimento insuportáveis.

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