Forças armadas e policiais do Equador realizam operação de controle em prisão do porto de Guayaquil após onda de massacres.

Militares e policiais equatorianos realizaram uma operação de busca e apreensão no presídio de Guayaquil, um dos principais cenários de massacres entre presos no país. A ação acontece em meio a uma onda de violência que já causou mais de 460 mortes desde 2021. As Forças Armadas e a Polícia Nacional foram mobilizadas para buscar armas, explosivos e outros objetos proibidos, além de garantir o controle do local.

A prisão em questão, conhecida como Guayas 1, foi palco de confrontos entre grupos ligados ao tráfico de drogas, que disputam o controle do presídio. Na quarta-feira, durante a operação, foram encontradas cinco armas, uma granada e cerca de 4.200 munições. Cerca de 1.700 agentes armados com fuzis e veículos blindados participaram da ação.

Imagens compartilhadas pela polícia mostram dezenas de presos correndo e se deitando no chão diante dos agentes fardados. Os policiais advertiram os detentos para não se oporem à operação, alertando que o uso da força poderia ser necessário caso houvesse resistência.

Até o momento, as autoridades não relataram incidentes durante a incursão no presídio Guayas 1. No entanto, na última segunda-feira, confrontos entre presos deixaram dois feridos, de acordo com o Serviço Nacional de Atendimento Integral à Pessoa Privada de Liberdade (SNAI), órgão estatal responsável pelas prisões no Equador.

Os presídios equatorianos se tornaram alvo de organizações ligadas aos cartéis mexicanos e colombianos, que lutam pelo controle do tráfico de drogas dentro e fora das prisões. Os confrontos entre grupos criminosos resultaram em mais de 460 mortes desde fevereiro de 2021, estendendo-se também para as ruas, onde corpos desmembrados foram encontrados, em um cenário semelhante ao dos narcotraficantes mexicanos.

A situação é preocupante e coloca em evidência a necessidade de ações mais efetivas por parte das autoridades equatorianas para conter a violência nos presídios do país. Enquanto isso, a população acompanha os desdobramentos desses conflitos, que têm impacto direto na segurança pública e na ordem social. A expectativa é de que as autoridades continuem mantendo a segurança e a ordem nos presídios, para evitar que novas tragédias ocorram.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo