As principais barreiras para o avanço da linha de frente são representadas pela presença de tropas ucranianas e russas às margens do rio Dnieper. Este rio separa as forças ucranianas e russas no sul do país e, desde a libertação de Kherson em novembro de 2022, ambos os lados têm bombardeado incessantemente um ao outro.
A Ucrânia, por sua vez, acusou a Rússia de destruir infraestruturas, como a barragem de Kakhovka, para impedir o avanço das tropas. A expectativa era a de que uma contraofensiva ucraniana no sul e no leste liderada pela Ucrânia pudesse mudar o panorama. No entanto, ao tomar a cidade de Robotyne, na região de Zaporizhzhia, as forças ucranianas encontraram-se bloqueadas, sem avanços significativos.
A mesma situação pode ser observada na cidade de Bakhmut, que após 15 meses de batalha encontra-se em ruínas, e nenhuma das partes conseguiu impor-se sobre a outra. A resistência também é verificada em Avdiivka, que está enfrentando uma ofensiva russa.
Kupiansk, que foi liberada após uma surpresa das tropas ucranianas, sofre com um ataque de Moscou. A Ucrânia evitou maiores perdas na região realizando a evacuação de civis de cidades vizinhas.
Apesar dos ataques e contraofensivas, a frente paralisada da região sul da Ucrânia continua praticamente inalterada, sendo palco de uma guerra de desgaste entre as forças ucranianas e russas.