Ministro da Justiça afirma “total independência” da PF em investigação sobre suspeita de entrada de rede terrorista no Brasil

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou recentemente que a Polícia Federal tem total autonomia para investigar a suspeita de cidadãos brasileiros ligados a grupos estrangeiros planejando cometer atos terroristas no Brasil. Durante uma coletiva de imprensa, Dino ressaltou que a PF está agindo tecnicamente, com total independência, em uma investigação exclusivamente brasileira, referindo-se à Operação Trapiche, deflagrada pela PF na última quarta-feira.

Durante a operação, dois indivíduos foram presos temporariamente e doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços residenciais e comerciais. As buscas foram realizadas em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.

De acordo com a PF, os alvos da investigação são suspeitos de integrar organizações terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo. Segundo a Justiça Federal, as investigações da própria PF concluíram que a organização em questão seria o grupo islâmico Hezbollah.

Flávio Dino ressaltou a importância da investigação ser conduzida de forma técnica e imparcial. Ele também enfatizou que as investigações já estavam em andamento antes da cooperação com órgãos de inteligência de outros países, como o FBI e o Mossad.

O Ministro se mostrou insatisfeito com declarações feitas pelo gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e reforçou que a PF não tem lado, admitindo que é importante manter a cautela e a imparcialidade em relação a eventuais conclusões.

A Polícia Federal também se pronunciou sobre o caso, repudiando as declarações feitas por autoridades estrangeiras a respeito da Operação Trapiche. A PF assegurou que todas as suas ações são técnicas, balizadas na Constituição Federal e nas leis brasileiras. Além disso, destacou que o inquérito está seguindo seu rito de acordo com a legislação brasileira, e que cabe exclusivamente às instituições brasileiras definir os encaminhamentos e conclusões sobre os fatos investigados.

Em relação à possível configuração de crime, a PF reforçou que ainda não é possível fazer conclusões sobre as investigações. A nota divulgada pela instituição destacou a importância de seguir a legislação brasileira e os acordos internacionais, ressaltando que o país não pode antecipar conclusões sobre os resultados da investigação que está em andamento.

A Operação Trapiche continua em andamento, mas até o momento não foram divulgados novos desdobramentos das investigações. O ministro Flávio Dino reforçou a importância de seguir a legislação brasileira e os procedimentos legais durante todo o processo.

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