Presidente de Portugal decide sobre eleições antecipadas após crise provocada por demissão de primeiro-ministro envolvido em escândalo de corrupção.

O presidente de Portugal está prestes a tomar uma decisão crucial para o futuro político do país. Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para discutir a situação política e, após a reunião, fará um pronunciamento à nação para anunciar sua decisão. O presidente pode optar por convocar eleições antecipadas ou convidar um político para formar um novo governo.

A demissão do primeiro-ministro, António Costa, envolvido em um escândalo de corrupção, desencadeou uma crise política em Portugal. A saída de Costa, um dos poucos socialistas à frente de um governo europeu, foi motivada por suspeitas de “malversação, corrupção ativa e passiva de titulares de cargas políticas e tráfico de influência”, que agora serão investigadas pelo Ministério Público.

Os partidos de oposição em Portugal se manifestaram a favor da convocação de eleições, enquanto que o Partido Socialista prefere a eleição de um novo primeiro-ministro que dirija um governo apoiado pela maioria absoluta. No entanto, caso seja necessário ir às urnas, preferem que seja em março para ter tempo de encontrar um sucessor para Costa como secretário do partido.

O presidente português parece inclinar-se para a convocação de eleições, segundo alguns políticos. De acordo com a cientista política Paula Espírito Santo, o presidente não deve tomar uma decisão que vá contra a opinião dos partidos.

O caso de corrupção que envolve António Costa trouxe desgaste para seu governo, que viu sua popularidade cair desde as últimas eleições legislativas em janeiro de 2022. O presidente, após as eleições, já havia anunciado que qualquer saída de Costa levaria à dissolução do Parlamento.

A reunião decisiva do Conselho de Estado está agendada para ocorrer a partir das 12h, horário de Brasília, e os olhares do país e do mundo se voltam para a decisão que será comunicada pelo presidente português. A situação política em Portugal segue marcada por incertezas e expectativas em relação aos próximos passos a serem tomados para superar a crise desencadeada pela saída de António Costa do cargo de primeiro-ministro.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo