Ataque israelense no território sírio mata sete combatentes do Hezbollah, num momento em que crescem as tensões entre Israel e Irã.

O grupo libanês Hezbollah informou nesta sexta-feira que sete de seus combatentes morreram em um bombardeio israelense na Síria. A operação foi uma resposta a um ataque com um drone que atingiu uma escola no Sul de Israel na quinta-feira. Inicialmente, o ataque foi creditado à milícia Houthi, baseada no Iêmen, e que, assim como o Hezbollah, tem o apoio direto do Irã.

O bombardeio ocorreu na madrugada desta sexta-feira (noite de quinta-feira no Brasil), e Israel não disse imediatamente qual grupo era o alvo. Em comunicado, as Forças Armadas disseram que o regime sírio, comandado por Bashar al-Assad, era totalmente responsável “por qualquer atividade terrorista que venha de seu território”. Desde o começo da guerra, Israel vem realizando ataques frequentes contra o país, incluindo contra os aeroportos de Damasco e Alepo.

A confirmação de que o alvo era mesmo o Hezbollah veio apenas nesta sexta-feira, através do próprio grupo, que anunciou a morte de sete de seus combatentes em solo sírio, sem especificar em qual região do país ocorreu o ataque. Com o bombardeio, o número de mortos do Hezbollah, que vem travando um conflito de baixa intensidade com Israel, subiu para 68 desde o dia 7 de outubro.

Horas antes da ofensiva na Síria, especialistas israelenses descartaram a hipótese inicial de que um drone vindo do Iêmen teria atingido a escola em Eilat na quinta-feira, deixando uma pessoa ferida, sem gravidade. Neste momento, a hipótese do ataque ter partido da Síria ganhou força.

Além disso, os militares acusam os governos de Rússia e China de articularem a criação de um “bloco anti-Israel”. Eles citam uma recente visita de comandantes do Hamas a Moscou, os votos no Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo e a atuação dos governos nos bastidores, que seria, na visão das fontes ouvidas pelo Haaretz, uma forma de “atiçar os ânimos”.

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