De acordo com o IBGE, o aumento no preço das passagens aéreas foi o principal responsável por puxar a inflação para cima. Em setembro, o preço das passagens aéreas já havia subido 13,47%, e em outubro esse aumento foi ainda maior, alcançando 23,70%. Segundo o gerente da pesquisa, André Almeida, a alta pode estar relacionada ao aumento no preço do querosene de aviação e à proximidade das férias de final de ano.
Por outro lado, a gasolina, item de maior peso na cesta de compra das famílias, teve uma queda de 1,53% em outubro, o que contribuiu para segurar a inflação. Além da gasolina, o preço do gás veicular e do etanol também caíram.
No grupo de alimentação e bebidas, que é o que mais pesa no orçamento das famílias, houve uma alta depois de quatro meses seguidos de deflação. A alimentação no domicílio subiu 0,27%, impulsionada principalmente pelo aumento no preço da batata-inglesa, cebola, frutas, arroz e carnes. A menor oferta desses produtos devido a fatores climáticos foi apontada como a principal causa do aumento nos preços.
Apesar da alta da inflação em outubro, o resultado anunciado pelo IBGE deixa o IPCA acumulado de 12 meses acima da meta de inflação determinada pelo Banco Central, que é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O índice mede a inflação de famílias com renda de um até 40 salários mínimos.
Além do IPCA, o IBGE divulgou também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos. O resultado para outubro foi de 0,12%, acumulando 3,04% no ano e 4,14% nos últimos 12 meses.