Benjamin Netanyahu promete desmilitarização completa da Faixa de Gaza após o fim da guerra contra o Hamas, lançando mais dúvidas sobre seus planos futuros.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta sexta-feira que o país assumirá o controle da segurança na Faixa de Gaza e promete a completa desmilitarização do território palestino após o fim da guerra contra o Hamas. Os comentários de Netanyahu levantam preocupações sobre os planos futuros do premier, uma vez que ele e seus aliados afirmaram que não haverá uma ocupação formal de Gaza, algo que os Estados Unidos já se manifestaram contra.

Durante uma reunião com lideranças de comunidades próximas à Faixa de Gaza, Netanyahu ressaltou que a desmilitarização é crucial para impedir que o Hamas ou qualquer outro grupo volte a surgir e ameaçar a segurança de Israel. Ele reiterou que Israel será responsável pela segurança de Gaza por um período indeterminado, o que tem sido visto por analistas e diplomatas como uma forma indireta de ocupação.

“A desmilitarização é necessária para garantir um futuro melhor. Não estabeleci um cronograma porque pode levar mais tempo do que o previsto. Espero que ocorra o mais rapidamente possível”, afirmou Netanyahu em entrevista à Fox News.

Apesar das afirmações de Netanyahu, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, havia alertado anteriormente que a ocupação de Gaza não é uma opção aceitável. Ele destacou que não deveria haver tentativas para bloquear ou cercar Gaza após o fim do conflito, enfatizando a importância de preservar a integridade territorial do território palestino.

Além das incertezas sobre os planos do governo, Netanyahu tem sido alvo de críticas por demorar a se encontrar com os afetados pelo conflito. Após os ataques de 7 de outubro, ele levou mais de uma semana para se reunir com as famílias das mais de 240 vítimas do Hamas, levantando questionamentos sobre a escolha seletiva das pessoas que o premier decidiu encontrar.

Antes da reunião desta sexta com os representantes de comunidades próximas a Gaza, Netanyahu enfrentava críticas por não ouvir as pessoas das regiões mais atingidas pelos ataques do Hamas. O gabinete do primeiro-ministro se defendeu, afirmando que tem mantido contato com lideranças de todo o país, incluindo as áreas próximas a Gaza, desde o início da guerra.

A situação em Gaza continua a gerar preocupação e a atrair atenção da comunidade internacional, com relatos de crescente tensão e violência na região. A busca por uma solução pacífica e duradoura permanece como um desafio para todos os envolvidos no conflito.

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