A ONU, historicamente, atuou como mediadora no conflito entre os dois países. No entanto, no trabalho recente, ambas as partes envolvidas afirmam a isenção de responsabilidade na escalada de tensão, que culminou na disputa pela região de Essequibo, conhecida pelas reservas de petróleo e outros recursos naturais. A Venezuela protestou contra as licitações promovidas pela Guiana e anunciou um referendo consultivo para 3 de dezembro, propondo anexar o território e conceder cidadania aos habitantes.
A Guiana rejeitou a consulta convocada pela Venezuela e pediu à CIJ que interrompesse o referendo. O tribunal convocou uma audiência para a próxima terça-feira, mas a Venezuela sustenta que rejeita essa instância para a resolução do conflito e reivindica negociações diretas.
Durante a disputa, a Guiana defendeu que as águas que a Venezuela reivindica lhe pertencem devido a um laudo arbitral em Paris em 1899, o qual a Venezuela contesta. A Venezuela, por sua vez, reivindica um tratado assinado em Genebra em 1966 com o Reino Unido antes da independência guianense, estabelecendo bases para uma solução negociada e desconhecendo o tratado anterior.
O comunicado do governo venezuelano veio em resposta a um pronunciamento do porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, que expressou preocupação com a recente escalada de tensão entre os países. A ONU ressaltou que confia na boa fé de ambas as partes para evitar qualquer ação que agrave ou prolongue a controvérsia.
A disputa entre Venezuela e Guiana continua sendo um ponto de tensão na região, especialmente devido ao potencial econômico da região de Essequibo. À medida que a audiência na CIJ se aproxima, é possível que a situação se torne ainda mais delicada, aumentando a necessidade de uma mediação internacional eficaz.