Grupo de Combate ao Crime Organizado realiza terceira fase da operação Éolo para cumprir mandados de prisão e busca por fraude na compra de respiradores.

Na manhã desta sexta-feira (10), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e a Polícia Civil, deflagrou a terceira fase da operação Éolo. O objetivo da operação é cumprir sete mandados de prisão e dez de busca e apreensão contra integrantes de uma organização que superfaturou a compra de nove respiradores mecânicos para o combate à Covid-19. Segundo o MPRJ, os valores foram pagos com recursos destinados pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) ao município de Carmo, na Região Serrana do estado.

A ação do Gaeco/MPRJ resultou na denúncia à Justiça de 14 integrantes pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, contratação direta ilegal e fraude nos contratos de licitação, lavagem de dinheiro, entre outros. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital e estão sendo cumpridos no Recreio dos Bandeirantes, Barra de Guaratiba, Mangaratiba, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita, Laje de Muriaé e Carmo.

Esta operação é um desdobramento da operação Chorume, que investigou fraude em licitações de contratos na área de limpeza urbana. Nas fases anteriores da Operação Éolo, realizada nesta sexta-feira, foram investigados vereadores, secretários municipais e o ex-prefeito da cidade de Carmo, Paulo César Ladeira. Nesta terceira fase, o ex-prefeito da cidade também é alvo das investigações.

Não é a primeira vez que Carmo se vê envolvida em escândalos de corrupção. Em agosto de 2021, quatro vereadores e dois secretários municipais foram presos na primeira fase da operação Éolo. Na segunda fase, o ex-prefeito Paulo César Ladeira foi preso e investigado por receber propina em contratos ligados a empresas que também faziam parte da quadrilha.

As investigações em Carmo são um reflexo do esforço do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e das autoridades policiais em combater a corrupção e o crime organizado, garantindo a punição dos envolvidos e a defesa do Estado de Direito. Acredita-se que o desfecho desta fase da operação Éolo trará mais esclarecimentos sobre o esquema de corrupção e a aplicação da justiça.

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