A publicação de Wyllys, feita em 2021, acusava o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e Otávio Fakhoury de serem “peças da engrenagem bolsonarista de fabricação e disseminação de mentiras, fake news e outras fraudes em favor do governo”. A origem da publicação foi uma discussão entre Fakhoury e o senador Fabiano Contarato (PT-ES) no Twitter, quando o empresário repreendeu um erro gramatical do senador com um comentário preconceituoso.
A ação de Fakhoury contra Wyllys alegava que o empresário foi “caluniado, injuriado e difamado injustamente” pelo ex-deputado. O magistrado afirmou que havia um “nexo causal” entre a conduta de Wyllys e os danos à honra, imagem e dignidade de Fakhoury, e que a intenção do ex-deputado em ofender o empresário era “inequívoca”. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Este não é o primeiro enfrentamento legal envolvendo Wyllys, Fakhoury e do Val. Em 2021, o senador foi condenado a pagar R$ 41,8 mil a Wyllys por associação errônea do ex-deputado a Adélio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro em 2018. No ano passado, Wyllys foi condenado a pagar R$ 5 mil por danos morais contra Fakhoury, depois de chamá-lo de “criminoso”.
A defesa de Wyllys informou que “não foi citada” na ação e não foi intimada sobre a sentença. Este desfecho mais recente ilustra a forte polarização política no Brasil, que tem levado a embates judiciais frequentes entre apoiadores e opositores do governo. A decisão da Justiça sobre este caso específico adiciona mais um capítulo a essa contenda, evidenciando como a disseminação de informações falsas e ofensivas pode resultar em sanções legais.