Justiça britânica decide desligar aparelhos de bebê com doença mitocondrial; Papa Francisco reza pela pequena Indi

No último sábado, a justiça britânica ordenou que os aparelhos de suporte vital mantendo a bebê Indi Gregory, de oito meses, viva sejam desligados. A pequena sofre com uma grave doença mitocondrial, sem cura. Os juízes ingleses recusaram um pedido para que Indi fosse transferida a um hospital italiano poucos dias depois de o País ter concedido cidadania à bebê.

O Papa Francisco dirigiu seus pensamentos à Indi depois de saber da recusa pela justiça do Reino Unido. “O Papa Francisco abraça a família da pequena Indi Gregory, seu pai e sua mãe, reza por eles e por ela, e dirige seu pensamento a todas as crianças que, nestas mesmas horas, em todo o mundo, estão vivendo com dor ou arriscando a vida por causa de doenças e guerras”, comunicou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

O caso de Indi tem repercutido após o apelo dos pais para que os aparelhos que a mantém viva continuassem ligados. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, chegou a dizer no X (antigo Twitter) que faria “até o fim que puder” para “defender a vida dela e o direito da mãe e do pai de fazerem tudo o que puderem por ela”.

Para que pudesse continuar hospitalizada, o governo italiano ofereceu a cidadania do País a bebê, e o hospital pediátrico do Vaticano, Bambino Gesu, se ofereceu para cuidar dela. O caso teve início depois que o Queen’s Medical Centre, em Nottingham, local onde Indi está internada, disse que não havia mais o que pudesse ser feito pela bebê. Os pais entraram na justiça para que os aparelhos continuassem ligados.

Os médicos alegam que Indi não tem mais consciência do que acontece ao seu redor e que deve morrer sem sofrer dores, no hospital. No entanto, os pais da bebê buscavam retirá-la do local para levá-la à Itália e mantê-la viva.

Na decisão mais recente, o juiz do Tribunal de Apelação, Peter Jackson, disse que o recurso era “totalmente sem mérito”, o que foi apoiado pelos outros magistrados. Segundo a BBC, Jackson também expressou “profunda preocupação” sobre os recentes desenvolvimentos do caso. Defendeu que os médicos que cuidam de Indi e de outras crianças gravemente doentes foram colocados em uma posição “extremamente desafiadora” e que “táticas de litígio manipulativas” destinadas a frustrar ordens feitas por juízes não seriam toleradas.

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