O ministro rebateu as críticas de que o governo não tem agido para coibir invasões do MST, afirmando que o governo tem buscado negociar com o movimento. No início do ano, entre março e abril, o auxiliar de Luiz Inácio Lula da Silva foi pressionado pelo Congresso e liderou uma série de conversas para contornar o mal-estar político causado pelas invasões.
Teixeira ressaltou que a relação do governo com o MST está boa, apesar dos momentos mais tensos ocorridos nos meses de março e abril, quando ocorreram o maior número de ocupações. Ele destacou que o governo tem buscado responder às reivindicações do movimento de forma negociada, acreditando que não é necessária a realização de ocupações de terras para atingir os objetivos propostos.
Sobre a meta de assentar 7,2 mil famílias por ano, o ministro destacou que o governo estima que esse número seja ultrapassado e que eles possam chegar a nove mil famílias no primeiro ano de governo. A estratégia para os próximos anos está sendo amadurecida para ter um volume de assentamento muito forte.
Em relação à meta fiscal, Teixeira destacou a importância da disciplina fiscal, mas reconheceu que haverá um déficit para o ano que vem, evidenciando que a mudança da meta fiscal tem dividido ministros do governo.
Quanto à possibilidade de partidos recorrerem ao Supremo Tribunal Federal caso o Congresso derrube o veto de Lula ao marco temporal, o ministro ressaltou que a questão do marco temporal já tem uma decisão do Supremo e que qualquer lei que a contrarie será questionada.
Sobre as recentes falas da presidente Gleisi Hoffmann confrontando os presidentes da Câmara e do Senado, Teixeira afirmou que as críticas não confrontam e são de natureza política em relação a determinadas agendas.
Em resumo, o ministro Paulo Teixeira demonstrou confiança na relação do governo com o MST e ressaltou o esforço do governo em negociar com o movimento para atender às suas demandas. Ele ainda abordou questões como a meta de assentamentos, a disciplina fiscal e as recentes polêmicas políticas, evidenciando uma postura de diálogo e negociação por parte do governo.