Operação de repatriação de brasileiros na Faixa de Gaza é considerada vitória da diplomacia brasileira.

Brasil conseguiu repatriar um grupo de 32 pessoas que estavam na Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e Palestina. Esse retorno do grupo é considerado uma vitória da diplomacia brasileira, comandada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e sob a liderança do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A operação de resgate deste grupo foi realizada com sucesso, conforme avaliação de especialistas em Relações Exteriores.

O grupo foi repatriado após cruzar a fronteira com o Egito, pelo Portal de Rafah, na manhã de domingo (12), e é esperado que embarquem para o Brasil nesta segunda-feira (13). Segundo especialistas, a ação de resgatar os brasileiros na Faixa de Gaza foi um demonstrativo do peso da tradição diplomática brasileira, que busca uma posição de equidistância e uma solução para o conflito israelo-palestino.

De acordo com o professor de Política Internacional e Comparada da Universidade Federal de Minas, Dawisson Belém Lopes, o Brasil mostrou capacidade de negociação e coordenação nas ações de repatriação dos brasileiros da região de conflito. Lopes também ressaltou que a situação de Gaza exigia a repatriação dos brasileiros de forma urgente, devido aos riscos de morte em meio à intensa investida militar por parte de Israel.

Em relação aos estrangeiros autorizados a sair de Gaza, a maioria era composta por cidadãos de países alinhados a Israel, tais como Estados Unidos, Alemanha, entre outros. A participação do embaixador de Israel em uma reunião na Câmara dos Deputados brasileira, que exibiu um filme com imagens de um ataque do Hamas, gerou um desgaste nas relações com este país, afirmou Lopes.

Além disso, a atuação do Brasil em território palestino e a posterior repatriação do grupo de brasileiros foi considerada uma vitória da diplomacia brasileira, porém, houve uma demora excessiva para autorizar a saída de cidadãos de países aliados a Israel, como Estados Unidos. A ação também gerou impacto nas relações diplomáticas com Israel. O governo brasileiro pode adotar uma postura mais firme e incisiva em relação aos ataques de Israel, seguindo o exemplo de países sul-americanos como Chile, Colômbia e Bolívia.

Diante disso, é esperado que o governo brasileiro avalie a relação diplomática com Israel e possa elevar o tom nas relações, revogando acordos militares e de segurança previamente firmados com o país. É importante ressaltar que a atuação do Brasil nesse cenário teve como objetivo garantir a segurança e proteção de seus cidadãos em situações de crise, sobretudo em meio a um conflito violento entre Israel e Palestina.

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