Repatriação de brasileiros de Gaza: uma jornada marcada por conflitos e desafios durante a crise entre Hamas e Israel.

“Brasileiros repatriados após fuga de conflito em Gaza”

A fuga de um grupo de 32 pessoas, incluindo 22 brasileiros, sete palestinos naturalizados brasileiros e três palestinos familiares próximos, de Gaza para o Cairo no último domingo (12), marcou mais um capítulo dramático no conflito entre o Hamas e Israel. O intenso período de violência já deixou mais de 12 mil mortos, a maioria dos quais são mulheres e crianças palestinas.

Depois de um mês de agonia, o grupo finalmente conseguiu escapar da tensão e encontrou abrigo no Cairo, onde passaram a noite. O avião que transportará os brasileiros de volta para casa partirá do Cairo às 11h50 (hora local) de segunda-feira (13) e está programado para chegar a Brasília às 23h30. Duas pessoas do grupo decidiram permanecer em Gaza, desistindo da repatriação.

A jornada para a repatriação foi marcada por momentos de tensão, agonia e terror desde o atentado do Hamas a Israel em outubro. A inclusão do grupo na lista de pessoas autorizadas a atravessar a passagem de Rafah foi um alívio, mas a fronteira foi fechada após um ataque a ambulâncias no sábado (4), o que manteve o grupo em espera.

Os brasileiros tiveram que retornar aos abrigos devido ao fechamento da fronteira, enfrentando dificuldades com a falta de água e alimentos. Além disso, foram afetados diretamente pelos bombardeios de Israel, que atingiram onde estavam abrigados, causando grande temor em meio à população.

Após dias de espera, a passagem terrestre de Rafah para o Egito foi finalmente reaberta no domingo, o que permitiu a fuga do grupo. O governo brasileiro agiu prontamente para resgatar os brasileiros, enviando uma aeronave VC-2 (Embraer 190) para a repatriação em 12 de outubro, mas a espera se estendeu até a inclusão na lista de autorizados a deixar Gaza.

A ausência dos nomes dos brasileiros nas listas gerou mal-estar nas relações diplomáticas entre o Brasil e Israel, com a demora sendo considerada uma possível “retaliação” após críticas do presidente Luiz Inácio Lula Da Silva à postura de Israel em relação ao conflito. O presidente classificou o ato de Israel como “insanidade”.

A jornada do grupo de brasileiros e palestinos naturalizados brasileiros foi permeada por muitos desafios e momentos de angústia. A repatriação representa um alívio para essas pessoas que enfrentaram situações de extrema tensão e perigo em meio ao conflito entre o Hamas e Israel. Agora, poderão retornar em segurança ao Brasil, deixando para trás a terrível realidade que vivenciaram em Gaza.

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