A liderança dos Verdes, partido aliado do governo alemão, criticou Thunberg por adotar uma postura unilateral sobre o conflito Israel-palestino, acusando-a de desacreditar a si mesma como imagem do movimento pelo clima. A embaixada de Israel na Alemanha também se manifestou, classificando como “triste” a atitude de Thunberg em empregar equivocadamente o cenário climático em seus próprios interesses.
A polêmica gira em torno das recentes declarações de Thunberg, que denunciou o “genocídio” na Faixa de Gaza após uma ofensiva terrestre de Israel, que resultou na morte de mais de 11.000 pessoas de acordo com o grupo islamista Hamas. Em relação a isso, Luisa Neubauer, líder do movimento climático alemão, afirmou estar “decepcionada” com a visão parcial de Thunberg e indicou que analisarão com quem continuarão “mantendo uma base para trabalhar partindo de valores comuns”.
Os comentários de Thunberg sobre o conflito Israel-palestino repercutiram negativamente entre políticos e líderes de opinião da Alemanha, apontando para uma possível divisão dentro do movimento ambientalista. No entanto, a ativista sueca já é conhecida por sua franqueza e abordagem incisiva ao tratar da crise climática, o que, para alguns, contribui para a eficácia de sua atuação.
Como sempre, a postura de Thunberg gera debate e opiniões divididas, demonstrando a complexidade e as ramificações que envolvem as questões climáticas e o engajamento político em relação a elas. Enquanto alguns a apoiam e enxergam as críticas como infundadas, outros questionam a legitimidade de sua atuação e a pertinência de suas intervenções em questões geopolíticas complexas. A resposta do movimento climático e o impacto a longo prazo desse episódio permanecem incertos, mas é seguro dizer que Greta Thunberg mais uma vez colocou em pauta questões relevantes e sensíveis.
