Diretor de hospital na China preso por envolvimento em rede de tráfico de bebês e venda de certidões de nascimento.

Seis pessoas foram presas em uma província no centro da China por possível envolvimento de uma rede de tráfico de bebês conectada ao hospital Xiangyang Jianqiao. Entre os detidos está Ye Youzhi, o diretor da unidade. A denúncia contra o diretor surgiu na Weibo, uma rede social popular na China, quando um usuário publicou várias acusações contra o diretor. O usuário afirma ter trabalhado infiltrado no hospital por um ano, coletando informações para embasar a denúncia.

De acordo com o denunciante, o diretor negociava certidões de nascimento na internet por cerca de 96 mil yuans, equivalente a quase R$ 65 mil. Após a venda, o hospital realizava as adaptações necessárias para o registro do bebê traficado. Além disso, o diretor é acusado de intermediar contatos e acordos com mulheres que praticam barriga de aluguel, o que é proibido na China. Uma das crianças, segundo o denunciante, foi vendida por cerca de 118 mil yuans, o que equivale a cerca de R$ 80 mil. Ainda não está claro quantas crianças foram vítimas dessas práticas.

O caso ocorre em um momento de declínio nas taxas de natalidade chinesas, que atingiram o nível mais baixo desde o início dos registros em 1949, com apenas 9,56 milhões de nascimentos em 2022.

A situação levanta preocupações sobre a eficácia dos controles e regulamentações que visam combater o tráfico de seres humanos na China, especialmente quando esse tipo de crime parece estar associado a instituições médicas respeitáveis. Além disso, a denúncia reacende o debate sobre a prática de barriga de aluguel em um país onde a legislação a proíbe.

A investigação está em curso para esclarecer todos os detalhes envolvidos no caso. Enquanto isso, a prisão das seis pessoas envolvidas representa um passo importante na luta contra o tráfico ilegal de bebês na China e deve servir de alerta para evitar que outras situações semelhantes ocorram no futuro.

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