A porta-voz da polícia de Montreal, Véronique Dubuc, informou que diversas chamadas para o telefone de emergência relataram a ocorrência de tiros na localidade. Às 5h da manhã, as autoridades constataram projéteis na fachada da escola judaica e cartuchos no chão. Por sorte, nenhuma pessoa estava presente no local no momento do atentado. Testemunhas ainda afirmaram ter visto um veículo fugindo em alta velocidade, logo após os disparos.
A escola em questão é uma das duas instituições judaicas que sofreram ataques a tiros na última semana na cidade de Montreal, em Quebec. Os incidentes geraram consternação e motivaram autoridades locais a repudiar os atos de violência, pedindo paz e calma à população. Além do ataque às escolas judaicas, uma sinagoga também foi alvo de coquetéis molotov, causando danos leves ao prédio.
Os confrontos vieram acompanhados de um acirramento de tensões nas ruas de Montreal, com estudantes pró-Israel e pró-palestinos entrando em conflito na Universidade de Concórdia. Três pessoas ficaram feridas e uma mulher foi presa por agressão física, em meio aos embates.
Os episódios recentes em Montreal estão inseridos num contexto global de crescimento dos atos antissemitas, em razão da escalada de violência no Oriente Médio. Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, o mundo tem observado um aumento dos cases de agressões, insultos e atos de discriminação contra judeus, especialmente na Europa.
O conflito no Oriente Médio teve início em 7 de outubro, quando o movimento islamista Hamas promoveu ataques surpresa em Israel, culminando na morte de mais de 1.200 pessoas, a maioria delas civis. Em resposta, Israel lançou uma intensa ofensiva a Gaza, resultando em mais de 11.000 mortos, sendo a maioria civis, incluindo mais de 4.500 crianças.
Ao mesmo tempo, o Brasil iniciou um processo de repatriação de pessoas que estavam na Faixa de Gaza, incluindo crianças em estado de desnutrição, como parte dos impactos deste conflito global e suas consequências.